Balanço

Leigos testemunham realidades familiares no 6º dia do Sínodo

Reunião de hoje abordou diversos temas, como famílias no Oriente Médio, diálogo entre Igreja e Estado e necessidade de testemunho familiar

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Auditores, na maioria leigos empenhados na Pastoral Familiar, deram testemunho vivo sobre realidades das famílias / Foto: L'Osservatore Romano

Auditores, na maioria leigos empenhados na Pastoral Familiar, deram testemunho vivo sobre realidades das famílias / Foto: L’Osservatore Romano

A 9ª Congregação Geral do Sínodo dos Bispos, realizada na manhã desta sexta-feira, 10, contou com o depoimento de 15 auditores, na maioria leigos empenhados no âmbito da Pastoral Familiar, bioética e ecologia humana.

A reunião abordou as dificuldades vividas por famílias do Oriente Médio, em particular no Iraque. Diante desse cenário, falou-se da Igreja como um “porto seguro”, uma “família de famílias” que oferece conforto e esperança.

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Outro ponto evidenciado pelos Auditores foi a necessidade da Igreja escutar os leigos na busca de soluções aos problemas das famílias, particularmente no que diz respeito à esfera da intimidade da vida do casal. Por isso, destacou-se a importância de uma sinergia entre o mundo acadêmico e o mundo pastoral, para formar não “técnicos”, mas agentes pastorais que conheçam e saibam promover os temas da família e da vida.

Os Auditores também falaram da necessidade de um maior diálogo entre a Igreja e o Estado, também através do empenho de fiéis leigos que, longe de ambições pessoais, saibam promover a proteção dos direitos da família e a defesa da vida. Além disso, considerou-se necessário formar adequadamente os sacerdotes sobre os temas da família, em particular sobre a abertura à vida, para que saibam falar com naturalidade e clareza do amor conjugal.

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Outro ponto de reflexão foi a importância do testemunho, já que os jovens compreendem muito bem a centralidade da família se essa é demonstrada pela própria família. Por isso, destacou-se a necessidade de que os casais sejam acompanhados por uma pastoral adequada, também depois do matrimônio, não somente antes.

O sofrimento de quem perde um familiar também esteve em pauta na reunião de hoje. Destacou-se, nesses casos, como é essencial o acompanhamento da Igreja e de grupos de escuta e partilha, para que as pessoas não se deixem levar pela angústia da perda, mas permaneçam firmes na fé.

Outro tema abordado foi a importância de uma ecologia humana, que ajude a contrastar os efeitos negativos da globalização econômica. Uma firme condenação foi feita para todas as formas de violência doméstica, em particular contra mulheres. Por fim, falou-se da necessidade de comunicação dentro da família.

Com a sessão desta manhã, encerrou-se a primeira etapa do Sínodo. Na segunda-feira, 13, será apresentado um relatório que sintetiza as reflexões dessa primeira semana de Assembleia. A partir da semana que vem, começam os trabalhos em grupos linguísticos, os chamados “círculos menores”.

O Sínodo dos Bispos começou no dia 5 de outubro e segue até domingo, 19. O tema em discussão é “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”.

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