Comentário

Dom Damasceno esclarece declaração sobre união homossexual

O cardeal brasileiro Dom Damasceno explica que a Igreja não discrimina, mas também não aprova uniões homossexuais

Jéssica Marçal
Da redação, com Rádio Vaticano

A união entre pessoas do mesmo sexo foi um dos assuntos abordados na Assembleia Sinodal, na tarde desta quarta-feira, 8, que falou sobre os desafios pastorais da família. Os trabalhos foram abertos pelo Presidente Delegado, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida (SP).

Cardeal Raymundo Damasceno, um dos presidentes delegados do Sínodo / Foto: © Massimiliano Migliorato

Cardeal Raymundo Damasceno, um dos presidentes delegados do Sínodo / Foto: © Massimiliano Migliorato

Algumas mídias no Brasil noticiaram que Dom Damasceno teria pedido no Sínodo que a Igreja aceite as uniões homossexuais. Em entrevista à Rádio Vaticano, o cardeal esclareceu a questão. Ele disse que a Igreja não discrimina essas pessoas, mas também não equipara tais uniões ao casamento segundo a concepção da Igreja.

.: Ouça explicação do cardeal à nossa correspondente Danusa Rego

“Esse tema da homossexualidade eu não tratei na minha introdução. Evidentemente [a Igreja] não promove nem estimula, é claro, muito menos aprova a união dessas pessoas, mas respeita suas opções, uma vez que em muitos países, inclusive no Brasil, sabemos que o STF reconheceu essas uniões como estáveis, na qual as pessoas gozam de determinados direitos que lhes são garantidos, mas a Igreja nunca considerou essas uniões ou as equiparou ao matrimônio, como o entende a Igreja”.

O que Dom Damasceno afirmou em seu discurso de ontem foi que, no Sínodo, não se pretende ter uma visão “legalista” sobre temas como divórcio ou união homoafetiva, mas “fazer que a Igreja seja a casa paterna onde há lugar para cada um, com a sua vida”.

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