ORAÇÃO MARIANA

Papa no Angelus: lembrar os mortos traz esperança para o futuro

Na Praça São Pedro, antes de celebrar o Angelus, Leão XIV refletiu sobre a esperança da ressurreição e a importância de recordar aqueles que nos precederam

Da redação, com Vatican News

Neste domingo de Finados, da janela do apartamento apostólico, o Papa Leão XIV celebrou a oração mariana do Angelus / Foto: Vincenzo Livieri – Reuters

Em discurso aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro no domingo, o Papa Leão XIV refletiu sobre o significado dos primeiros dias de novembro, quando a Igreja celebra o Dia de Finados. O Pontífice afirmou que, nesses dias, “a ressurreição de Jesus crucificado lança luz sobre o destino de cada um de nós”.

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“Conhecemos interiormente a preocupação de Deus em não perder ninguém, sempre que a morte parece nos fazer perder para sempre uma voz, um rosto, um mundo inteiro. Na verdade, cada pessoa é um mundo inteiro. O dia de hoje, portanto, é um dia que desafia a memória humana, tão preciosa e tão frágil. Sem a memória de Jesus — da sua vida, morte e ressurreição — o imenso tesouro de cada vida fica sujeito ao esquecimento. Porém, na memória viva de Jesus, mesmo aqueles de quem ninguém se lembra, mesmo aqueles que a história parece ter apagado, emergem na sua dignidade infinita”, disse o Santo Padre.

A esperança de Jesus nos liberta do passado de lágrimas

Por isso, disse Leão XIV, “os cristãos recordam desde sempre os defuntos em cada Eucaristia e, até ao dia de hoje, pedem que os seus entes queridos sejam mencionados na oração eucarística. Desse anúncio nasce a esperança de que ninguém se perderá”. A própria visita ao cemitério, continuou o Papa, “onde o silêncio interrompe o frenesi de tantos afazeres”, precisa ser “um convite à memória e à esperança”, como todos nós professamos no Credo, de esperar “a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir”:

“Não fiquemos presos ao passado, às lágrimas da nostalgia. Nem tampouco estejamos lacrados ao presente, como num túmulo. Que a voz familiar de Jesus nos alcance, e alcance a todos, porque é a única que vem do futuro. Ele nos chama pelo nome, prepara-nos um lugar, liberta-nos do sentido da impotência com o qual corremos o risco de renunciar à vida.”

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