Papa presidiu Missa em Villavicencio, com ênfase ao caminho de reconciliação
Jéssica Marçal
Da Redação
O Papa Francisco presidiu uma Missa campal nesta sexta-feira, 8, em sua visita à cidade colombiana de Villavicencio. Na celebração, ele beatificou dois mártires colombianos, o bispo de Arauca, Dom Jesús Emilio Jaramillo Monsalve, e o sacerdote Pedro María Ramírez Ramos, conhecido como o “Cura de Armero”.
Ambos, segundo o Papa, são sinais de que também na Colômbia se realiza a promessa feita por Jesus e que aparece no Evangelho de Mateus: “Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos”. O Papa também falou dos novos beatos como expressão de um povo que “quer sair do pântano da violência e do rancor”.
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.: Cobertura da viagem do Papa Francisco à Colômbia
.: Íntegra da homilia
A reconciliação foi um tema que novamente perpassou a Homilia do Santo Padre. “Reconciliar-se é abrir uma porta a todas e cada uma das pessoas que viveram a realidade dramática do conflito. Quando as vítimas vencem a tentação compreensível da vingança, tornam-se nos protagonistas mais credíveis dos processos de construção da paz. É preciso que alguns tenham a coragem de dar o primeiro passo nesta direção, sem esperar que o façam os outros. Basta uma pessoa boa, para que haja esperança. E cada um de nós pode ser esta pessoa!”.
O Santo Padre frisou que isso não significa ignorar as diferenças e os conflitos e legitimar as injustiças pessoais ou estruturais.. A reconciliação se consolida com a contribuição de todos, pontuou. “Qualquer esforço de paz sem um compromisso sincero de reconciliação será um fracasso”.
Francisco concluiu a homilia destacando que cabe dizer o “sim” à reconciliação, incluindo neste “sim” a natureza. “A violência que existe no coração humano, ferido pelo pecado, manifesta-se também nos sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos. Cabe-nos dizer ‘sim’ como Maria e cantar com Ela as ‘maravilhas do Senhor’, porque, como prometeu aos nossos pais, ajuda a todos os povos e a cada povo, ajuda a Colômbia que hoje quer reconciliar-se e à sua descendência para sempre”.