LITURGIA

Papa pede a Dicastério "formação litúrgica" do povo de Deus

À Assembleia Plenária do Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Francisco destacou necessidade de formação litúrgica dos fiéis

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco discursa durante audiência / Foto: Vatican Media/IPA/Sipa USA via Reuters Connect

“Sem reforma litúrgica não há reforma da Igreja”. O Papa Francisco recebeu, nesta quinta-feira, 8, os participantes da Assembleia Plenária do Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Em seu discurso, ressaltou a necessidade de que a liturgia faça com que a vida cristã dos fiéis cresça mais a cada dia.

Durante sua fala, o Pontífice recordou a Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium, que completou 60 anos recentemente. Ele pontuou que o texto surgiu no Contexto do Concílio Vaticano II para adaptar “as instituições sujeitas a mudanças” às necessidades dos tempos, a fim de “contribuir para a união de todos os crentes em Cristo” e ajudar “a chamar todos para o seio da Igreja”.

“Uma Igreja que não sente a paixão pelo crescimento espiritual, que não tenta falar de uma forma que seja compreensível para os homens e mulheres de seu tempo, que não se entristece com a divisão entre os cristãos, que não treme com o anseio de proclamar Cristo aos povos, é uma Igreja doente. Esses são os sintomas de uma Igreja doente”, declarou o Santo Padre.

Formação litúrgica

Ele expressou que a reforma da Igreja carrega uma dimensão da “fidelidade esponsal”. “A Igreja Esposa será sempre mais bela quanto mais amar Cristo Esposo”, disse Francisco, “a ponto de pertencer totalmente a Ele, a ponto de se conformar plenamente a Ele”.

Como os padres conciliares, que exortaram a formação dos fiéis e a promoção de ações pastorais em relação à liturgia, o Papa reiterou a necessidade de uma “formação litúrgica”. “Não se trata de uma especialização para alguns especialistas, mas de uma disposição interior de todo o povo de Deus”, afirmou.

Da mesma forma, é essencial que “os pastores saibam conduzir o povo ao bom pasto da celebração litúrgica, onde o anúncio de Cristo morto e ressuscitado se torna uma experiência concreta de sua presença transformadora da vida”. Diante disso, o Pontífice pediu que também a formação litúrgica dos ministros ordenados seja tratada de modo que cada um possa oferecer “a própria contribuição específica”.

O Santo Padre sublinhou que, sendo a liturgia “o ápice para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte da qual brota toda a sua energia”, é necessário “que a formação dos ministros ordenados tenha também, cada vez mais, um cunho litúrgico-sapiencial, tanto no currículo dos estudos teológicos quanto na experiência de vida dos seminários”.

Redescobrir o significado do mistério da salvação

Voltando-se novamente para o povo de Deus, Francisco reiterou que é preciso pensar em “novos caminhos de formação”. Ele destacou que as celebrações dominicais e as festas do ano litúrgico são “a primeira oportunidade concreta de formação litúrgica”, e que as ocasiões “nas quais as pessoas participam mais das celebrações” permitem que elas “redescubram e aprofundem o significado de celebrar hoje o mistério da salvação”.

Por fim, Francisco destacou a grande tarefa do Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos de “trabalhar para que o povo de Deus cresça na consciência e na alegria de encontrar o Senhor celebrando os santos mistérios e, encontrando-o, tenha vida em seu nome”.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo