DECORAÇÃO DE NATAL

Papa: o presépio desperta a nostalgia do silêncio e da oração na vida

Francisco recebeu em audiência neste sábado, 9, delegações que doaram decoração de Natal da Praça São Pedro e recordou vítimas da guerra na Terra Santa

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Papa Francisco contempla presépio preparado para este ano / Foto: Vatican Media/­Handout via REUTERS

Neste sábado, 9, o Papa Francisco recebeu em audiência as delegações que doaram o presépio e a árvore de Natal que enfeitarão a Praça São Pedro neste ano. A inauguração da decoração acontecerá às 17h do horário local.

O presépio foi doado pela província de Rieti e apresenta, além da Sagrada Família, São Francisco de Assis e Santa Clara. Em 2023, completam-se 800 anos da criação do presépio pelo santo italiano, que esteve na região após uma visita à Terra Santa e foi inspirado a reproduzir o cenário do nascimento do Menino Jesus. Já a árvore de Natal é proveniente do norte da Itália, mais especificamente do município de Macra, na província de Cuneo, tratando-se de um abeto-prateado.

Presépio, inspiração ao silêncio e à oração

Em seu discurso às delegações de ambas as regiões, o Pontífice afirmou que a decoração deste ano pretende relembrar o espírito natalino de 1223. Ele recordou como São Francisco de Assis, ao observar as grutas de Greccio, no local onde se encontrava, e lembrar-se da Terra Santa, organizou o primeiro presépio. Frades e habitantes da região reuniram-se para compor um cenário “vivo”.

“Este ano, portanto, na Praça São Pedro pensaremos em Greccio, que por sua vez nos evoca Belém”, comentou o Santo Padre. “E enquanto contemplamos Jesus, Deus feito homem, pequeno, pobre, inerme”, continuou, “não podemos não pensar no drama que estão vivendo os habitantes da Terra Santa, manifestando a esses nossos irmãos e irmãs, especialmente às crianças e a seus pais, a nossa proximidade e o nosso sustento espiritual. São eles que pagam o preço da guerra.”

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Além disso, Francisco declarou que a contemplação do presépio deveria despertar em todos a nostalgia do silêncio e da oração em meio à vida, na maioria das vezes tão agitada. “Silêncio para poder ouvir o que Jesus nos diz a partir daquela ‘cátedra’ singular que é a manjedoura. Oração para expressar a maravilha, a ternura e talvez as lágrimas que a cena da Natividade suscita em nós”, completou, indicando ainda que “em tudo isso Maria é o modelo: ela não diz nada, mas contempla e adora”.

Cuidado com a casa comum

Voltando-se para a árvore de Natal, o Papa destacou que ela é decorada com estrelas alpinas, típicas da flora da região do Piemonte. Contudo, ele pontuou que as flores colhidas foram cultivadas nas planícies, a fim de proteger as que crescem nas montanhas.

“Também esta é uma escolha que nos faz refletir, evidenciando a importância do cuidado com a nossa casa comum: os pequenos gestos são essenciais na conversão ecológica, gestos de respeito e gratidão pelos dons de Deus”, frisou o Pontífice. Por fim, ele agradeceu, mais uma vez, às delegações e também aos funcionários do Vaticano que prepararam a decoração.

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