“Apóstolo Tomé” foi o tema da reflexão de Francisco que precedeu a oração do Regina Coeli deste II Domingo de Páscoa, 24
Da redação, com Vatican News
Após celebrar a missa na Basílica Vaticana neste Domingo da Misericórdia, 24, o Papa Francisco rezou a oração do Regina Coeli.
Aos milhares de fiéis e peregrinos na Praça São Pedro, o Pontífice comentou o Evangelho deste último dia da Oitava de Páscoa. Ele concentrou-se no Apóstolo Tomé, “que representa todos nós”.
Assim como Tomé, disse o Santo Padre, todos temos dificuldade em acreditar que Jesus ressuscitou. Segundo Francisco, não devemos nos envergonhar, pois Cristo não busca cristãos perfeitos, que ostentam uma fé segura sem jamais duvidar.
“Tenho medo quando vejo cristãos ou associações de cristãos que se creem perfeitos”, disse.
Aventura da fé: luzes e sombras
A “aventura da fé”, como a definiu o Pontífice, é feita de luzes e sombras, alternando momentos de consolação e entusiasmo, com cansaços e perdições.
Mas não devemos temer as crises, “não são um pecado”, afirma o Papa. As crises ajudam a nos reconhecer necessitados, nos tornam humildes, reavivam a necessidade de Deus, sublinhou.
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“É melhor uma fé imperfeita, mas humilde, que sempre regressa a Jesus, do que uma fé forte, mas presunçosa, que nos torna orgulhosos e arrogantes”.
Jesus sempre volta
Diante das incertezas de Tomé, observou Francisco, a atitude de Jesus é única: Ele “pôs-se no meio”. “Jesus não se rende, não se cansa de nós, não se assusta com nossas crises e fraquezas. Ele sempre volta.”
De acordo com o Santo Padre, Jesus volta quando as portas estão fechadas, quando duvidamos, e o faz não com sinais poderosos, mas com as suas chagas.
“Ele espera somente que O chamemos, o invoquemos ou, como fez Tomé, protestemos, apresentando nossas necessidades e incredulidades. Ele volta porque é paciente e misericordioso, vem para abrir os cenáculos dos nossos medos”.
Ir em busca de Jesus
Francisco concluiu convidando os fiéis a lembrarem da última vez que viveram um momento de crise e se fecharam em seus problemas, deixando Jesus de fora. E a prometeram que, da próxima vez, irão em busca de Jesus.
“Assim, também nos tornaremos capazes de compaixão, de aproximar sem rigidez e sem preconceitos as chagas dos outros. Que Nossa Senhora, Mãe de misericórdia, nos acompanhe no caminho de fé e de amor”, finalizou.