América Latina e Caribe

Papa envia mensagem à Assembleia latino-americana sobre Migrações

Na mensagem, Francisco destacou três aspectos importantes sobre as migrações: realidade, diálogo, compromisso

Da redação, com Rádio Vaticano

O Papa Francisco enviou uma mensagem aos membros do Parlamento Latino-americano (PARLATINO), por ocasião da sua XXXIII Assembleia Plenária, que se teve início nesta sexta-feira, 9, no Panamá, sobre as Migrações.

O objetivo do encontro do Parlatino é melhorar as condições das pessoas diante dos crescentes fluxos migratórios no Continente.

Os Parlamentares latino-americanos enfrentam os desafios das migrações mediante políticas públicas e leis que visam assegurar a segurança das pessoas e dos Estados.

Em sua mensagem, o Papa parte do tema do encontro de alto nível sobre a migração “Realidades e compromissos por um Pacto Mundial”, felicitando a escolha da iniciativa que tenta ajudar e dar uma vida mais digna para aqueles emigrantes, que esperam condições adequadas de segurança e subsistência para seus países. Francisco destacou três aspectos importantes: realidade, diálogo, compromisso.

Segundo o Papa, é importante conhecer a realidade, o contexto em que se realizam as migrações no Continente da América Latina e Caribe. “Não se deve apenas analisar a situação, mas entrar em contato direto com os migrantes, que são seres humanos com sua história própria, cultura e ideais. A pessoa deve estar ao centro de qualquer projeto ou decisão”, diz.

Este trabalho de contato direto com os migrantes pressupõe um indispensável “diálogo”, diz o Papa, que destaca a necessidade de passar da “cultura do descarte” à “cultura do encontro e do acolhimento”. “É necessária uma colaboração conjunta para elaborar estratégias eficientes e equitativas em prol dos refugiados e dos que sofrem em regiões vulneráveis; o diálogo é importante para fomentar a solidariedade”.

Mas, para dar uma resposta às necessidades dos emigrantes, explica o Papa, é preciso um “compromisso”, uma solução para esta problemática no Continente. Por isso, é preciso estabelecer projetos, a médio e longo prazo, prioridades na região para a integração do emigrantes, sobretudo das crianças e suas famílias. Os seres humanos não são objetos ou mercadorias.

Por fim, o Santo Padre chama a atenção dos Governos para que assumam suas responsabilidades e o sério compromisso para responder ao grito dos emigrantes; apela à Igreja Católica, para que renove seu compromisso para sarar esta ferida de tantos irmãos e irmãs.

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