Internado no hospital, Francisco recebeu carta de enfermeiros que trabalham na ala de pediatria, narrando o drama de lidar com o sofrimento das crianças
Da redação, Vatican News
Com a presença do Papa Francisco no hospital Gemelli, em Roma, os enfermeiros do Departamento de Neuropediatria infantil escreveram uma carta ao Pontífice, contando o seu dia a dia. O Santo Padre está internado, recuperando-se de uma cirurgia feita na última quarta-feira, 7.
“Somos testemunhas do sofrimento dos nossos pequenos e de seus pais que, no crescimento de seus filhos, aceitaram carregar uma cruz pesada e não somente por crença religiosa e fé, mas pelo valor ligado à palavra VIDA, suportando e encorajando, todos os dias e todas as noites, os seus filhos, e que, durante as longas internações, se tornam inevitavelmente a nossa família.”
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Eis, então, a dramaticidade deste trabalho, pois, às vezes, os enfermeiros veem as crianças “voarem para longe”, deixando um vazio que não pode ser preenchido em seus pais, e nos agentes de saúde, “cicatrizes indeléveis que tanto fazem refletir”.
A mensagem escrita à mão se conclui com um convite ao Papa para visitar este Departamento do Hospital Gemelli.
O Pontífice prontamente respondeu à carta, consciente do trauma que o sofrimento provoca na vida das pessoas.
“Vocês são testemunhas seja de vida, seja de morte”, escreve o Papa, “chamados a acompanhar esses pequenos ‘anjos’ até ao limiar do encontro com o Senhor”.
“Vocês são imagem da Igreja ‘hospital de campanha’, que continua a desempenhar a missão de Jesus Cristo”, prossegue Francisco, encorajando os enfermeiros a serem bons samaritanos, que cuidam da vida e da dor do próximo. “E continuem a cultivar a cultura da proximidade e da ternura”.