Jubileu das Famílias faz parte do Ano da Misericórdia; ocasião coincide com a festa da Sagrada Família de Nazaré
Jéssica Marçal
Da Redação
O Papa Francisco celebrou a Missa para as Famílias neste domingo, 27, Festa da Sagrada Família de Nazaré. A celebração marcou também o Jubileu das Famílias, um dos vários jubileus que serão celebrados ao longo do Ano da Misericórdia.
Na homilia, o Santo Padre falou da importância da oração em família, em especial das peregrinações à casa de Deus que são realizadas em família. Francisco destacou que é importante para a família caminhar junto e rezar junto, tendo a mesma meta, apesar das dificuldades que marcam o caminho.
“Que poderá haver de mais belo, para um pai e uma mãe, do que abençoar os seus filhos ao início do dia e na sua conclusão? Fazer na sua fronte o sinal da cruz, como no dia do Batismo? Não será esta, porventura, a oração mais simples que os pais fazem pelos seus filhos?”, disse.
Do Evangelho deste domingo, Francisco mencionou a peregrinação da Sagrada Família de Nazaré até o templo para a festa da Páscoa. Ao final da peregrinação, Jesus voltou para Nazaré e foi submisso aos seus pais. Segundo o Papa, essa imagem traz um ensinamento importante para as famílias:
“…a peregrinação não termina quando se alcança a meta do santuário, mas quando se volta para casa e se retoma a vida de todos os dias, fazendo valer os frutos espirituais da experiência vivida. Sabemos o que Jesus então fizera: em vez de voltar para casa com os seus, ficou em Jerusalém no Templo, causando uma grande aflição a Maria e a José que não O encontravam. Provavelmente, por esta sua ‘escapadela’, também Jesus teve que pedir desculpa a seus pais (o Evangelho não diz, mas acho que podemos supô-lo)”.
O Papa concluiu a homilia expressando o desejo de que, no Ano da Misericórdia, cada família cristã se torne lugar privilegiado para experimentar a alegria do perdão. “O perdão é a essência do amor, que sabe compreender o erro e pôr-lhe remédio. É no seio da família que as pessoas são educadas para o perdão, porque se tem a certeza de ser compreendidas e amparadas, não obstante os erros que se possam cometer”.