VIAGEM APOSTÓLICA

Iraque: Papa Francisco preside sua primeira Missa em Bagdá

No segundo dia de sua jornada apostólica ao Iraque, o Santo Padre celebrou a missa na capital do Iraque, Bagdá

Thiago Coutinho
Da redação

Papa Francisco durante a celebração eucarística em Bagdá, neste sábado, 6

Papa Francisco durante a celebração eucarística em Bagdá, neste sábado, 6 / Foto: Reprodução Youtube Vatican News

O Papa Francisco, neste sábado, 6, em seu segundo dia no Iraque, desta que é a 33ª Viagem Apostólica realizada pelo Sucessor de Pedro, celebrou a primeira missa na capital do Iraque, Bagdá. A celebração eucarística foi realizada na Catedral caldeia de São José.

Em sua homilia, o Santo Padre falou a respeito das severas desigualdades entre os mais necessitados. “Hoje, a Palavra de Deus fala-nos de sabedoria, testemunho e promessas. A sabedoria foi cultivada nestas terras desde tempos muito antigos. Desde sempre, a sua busca tem fascinado o homem; mas, frequentemente, quem possui mais recursos pode adquirir mais conhecimentos e ter mais oportunidades, ao passo que quantos têm menos são excluídos”, ponderou Francisco.

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A seguir, o Pontífice discursou sobre aqueles que foram perseguidos por declararem fidelidade a Jesus e citou o apóstolo Paulo, que fala sobre o poder do amor. “O amor é a nossa força, a força de tantos irmãos e irmãs que também aqui foram vítimas de preconceitos e ofensas, sofreram maus tratos e perseguições pelo nome de Jesus. Mas, enquanto o poder, a glória e a vaidade do mundo passam, o amor permanece, como nos disse o apóstolo Paulo: ‘o amor jamais passará'”, citou Francisco.

As Bem-Aventuranças

O Santo Padre reforçou a maneira como os fiéis podem viver as Bem-Aventuranças e assim levarem a Palavra de Deus adiante. “Mas como se vivem as Bem-aventuranças?”, questionou o Pontífice. “Não exigem que se façam coisas extraordinárias, empreendimentos acima das nossas capacidades. Exigem o testemunho diário. Bem-aventurado é quem vive com mansidão, quem pratica a misericórdia no lugar onde se encontra, quem mantém o coração puro lá onde vive”, reiterou.

É desta maneira que o mundo poderá ser alterado para melhor, assegura Francisco. São os atos dos bem-aventurados, com seus exemplos diários, que farão do mundo um lugar menos inóspito. “Para se tornar bem-aventurado, não é preciso ser herói de vez em quando, mas testemunha todos os dias. O testemunho é o caminho para encarnar a sabedoria de Jesus. É assim que se muda o mundo: não com o poder nem com a força, mas com as Bem-aventuranças. Pois foi assim que fez Jesus, vivendo até ao fim aquilo que dissera ao início”.

E quem vive com esplendor as Bem-Aventuranças, como recordou o Papa, terá como recompensa o reino dos céus. “As promessas de Deus asseguram uma alegria incomparável e não decepcionam. Mas como se realizam? Pelas nossas fraquezas. Deus faz bem-aventurados aqueles que percorrem até ao fim o caminho da sua pobreza interior. Esta é a estrada; não há outra”, assegura o Pontífice.

Ao final desta histórica missa, Francisco foi presenteado pelo Patriarca de Babilônia dos Caldeus com um belíssimo crucifixo, que foi recebido pelo Pontífice com um belo sorriso de agradecimento.

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