Discurso

Dificuldades e sofrimentos não podem obscurecer a luz do Natal, diz Papa

Em discurso, Francisco agradeceu aos funcionários pelo trabalho que desempenham a serviço da Cúria Romana e do Vaticano

Da redação, com Vatican News

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta segunda-feira, 21, na Sala Paulo VI, os funcionários do Estado da Cidade do Vaticano, com suas respectivas famílias, para as felicitações de Natal. Em seu discurso, o Pontífice agradeceu todos pelo trabalho que desempenham com paixão a serviço da Cúria Romana e da Cidade do Vaticano.

Recordando a crise atual que o mundo vive por causa da Covid-19, o Santo Padre reforçou que a pandemia causou não apenas uma situação crítica da saúde, mas também dificuldades econômicas para muitas famílias e instituições. Francisco lembrou que a Santa Sé também foi afetada e está fazendo todos os esforços para enfrentar esta situação precária da melhor maneira possível.

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“É uma questão de atender às necessidades legítimas de vocês, funcionários, e da Santa Sé: devemos ir ao encontro reciprocamente, e seguir em frente em nosso trabalho comum, sempre. Os nossos colaboradores, vocês que trabalham na Santa Sé, são o mais importante: ninguém deve ficar de fora, ninguém deve deixar o trabalho; os superiores do Governatorato e também da Secretaria de Estado, todos, estão buscando maneiras de não diminuir sua renda e de não diminuir nada, nada neste momento tão ruim para o fruto de seu trabalho”.

Segundo o Papa, o Vaticano busca várias maneiras, mas os princípios são os mesmos: ninguém deve deixar o trabalho, ninguém deve ser demitido, ninguém deve sofrer o efeito econômico ruim desta pandemia. “Todos juntos devemos trabalhar mais para ajudar a resolver este problema que não é fácil”.

Natal: festa de alegria

O Pontífice sublinhou também que o Natal é uma festa de alegria porque Jesus nasceu para a humanidade e todos são chamados a ir ao encontro dele. “Os pastores nos dão o exemplo”, frisou o Papa.

“Também nós devemos ir a Jesus: devemos sacudir-nos do nosso torpor, do tédio, da apatia, do desinteresse e do medo, especialmente neste momento de emergência sanitária, em que é difícil redescobrir o entusiasmo da vida e da fé. Imitando os pastores, somos chamados a assumir três atitudes: redescobrir, contemplar e anunciar”.

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Para o Santo Padre é importante redescobrir o nascimento do Filho de Deus como o maior evento da história. “É o evento previsto pelos profetas séculos antes de acontecer. Vinte séculos se passaram e Jesus está mais vivo do que nunca. Sem Ele o homem se precipita no mal: no pecado, no vício, no egoísmo, na violência e no ódio. O Verbo se fez carne e habitou entre nós: este é o evento que devemos redescobrir”.

A segunda ação exortado por Francisco é a contemplação, ou seja, meditação, contemplação e oração. “O exemplo mais bonito nos é dado pela mãe de Jesus, por Maria: ela conservava no coração, meditava. E meditando o que descobrimos? Descobrimos que Deus manifesta sua bondade no Menino Jesus. No Menino Jesus Deus se mostra amável, cheio de bondade, de mansidão. Deus manifesta sua bondade para nos salvar. Este é o grande significado do Natal: Deus se faz homem para que possamos nos tornar filhos de Deus. Deus nos salva através do batismo.”

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“A terceira atitude é anunciar”, disse ainda o Papa. “Como devemos fazer?” E Francisco convidou a olhar novamente para os pastores: “Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido dito”. “Eles voltaram à sua vida cotidiana. Também nós devemos voltar à nossa vida cotidiana: o Natal passa. Devemos voltar à vida familiar, ao trabalho, transformados, devemos voltar glorificando e louvando a Deus por tudo o que ouvimos e vimos. Devemos levar a boa nova ao mundo: Jesus é o nosso salvador”.

As dificuldades e os sofrimentos não podem obscurecer a luz do Natal, reforçou. “A festa da encarnação desperta uma alegria íntima que nada e ninguém pode tirar de nós”, concluiu.

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