Angelus

Cuidar dos que sofrem é parte da missão da Igreja, diz Papa

No Angelus deste domingo, 7, Francisco apontou que Jesus mostra sua predileção pelas pessoas que sofrem no corpo e no espírito

Da redação, com Vatican News

Cuidar dos que sofrem é missão da Igreja, diz Papa

No Angelus, Papa destacou que cuidar dos que sofrem foi uma missão de Jesus e que também é a da Igreja/ Foto: IPA/Sipa USA via Reuters

Cuidar dos que sofrem, para a Igreja, não é uma atividade opcional. É o que afirmou o Papa Francisco no Angelus deste domingo, 7. O Santo Padre voltou a conduzir a oração da janela do Palácio Apostólico. Em sua reflexão, o Pontífice destacou que a missão da Igreja é como a de Jesus. “Levar a ternura de Deus à humanidade sofredora”, completou.

Francisco comentou o Evangelho do dia (cf. Mc 1,29-39). O texto apresenta a cura, da parte de Jesus, da sogra de Pedro. Depois, a cura de muitos outros doentes e sofredores que vão até Ele. O Papa observou que a cura da sogra de Pedro é a primeira de natureza física narrada por Marcos.

A predileção de Jesus ao cuidar dos que sofrem

A sogra de Pedro estava febril e Jesus tem uma atitude e gesto emblemáticos. “Aproximando-se, Ele a tomou pela mão e a fez levantar-se”, narrou o Evangelista. Há tanta doçura neste ato simples, que parece quase natural, explicou o Pontífice.

“A febre a deixou e ela se pôs a servi-los”, continuou Francisco. O poder de cura de Jesus não encontra nenhuma resistência. A pessoa curada retoma sua vida normal, sublinhou o Santo Padre. “Retoma pensando imediatamente nos outros e não em si mesma. Isso é significativo, é um sinal de verdadeira “saúde”!”.

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Aquele dia era um sábado. O povo da aldeia esperava pelo pôr-do-sol. Depois, acabada a obrigação do repouso, sai e traz a Jesus todos os doentes e os possuídos. Ele os cura, mas proíbe os demônios de revelar que Ele é o Cristo, lembrou o Pontífice.

Desde o início, observou o Papa, Jesus mostra sua predileção pelas pessoas que sofrem no corpo e no espírito. “É a predileção do Pai, que Ele encarna e manifesta com obras e palavras. Seus discípulos foram testemunhas oculares disso”. Logo, cuidar dos que sofrem era uma missão de Jesus.

Levar a ternura de Deus à humanidade sofredora

Jesus não queria que eles fossem meros espectadores de sua missão, afirmou Francisco. “Envolveu-os, enviou-os, deu-lhes também o poder de curar doentes e expulsar demônios. Isto tem continuado sem interrupção na vida da Igreja até hoje”.

O Santo Padre destacou que, para a Igreja, cuidar dos doentes de todo tipo é parte integrante de sua missão. “Assim como era da missão de Jesus: levar a ternura de Deus”. O Pontífice lembrou que isso é destacado no dia 11 de fevereiro, Dia Mundial do Enfermo.

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“A realidade que estamos vivendo em todo o mundo por causa da pandemia torna esta mensagem particularmente atual”. A voz de Jó, que ressoa na Liturgia de hoje, torna-se intérprete da condição humana. É o que sublinhou o Papa.

Curvar-se para ajudar os outros a se levantar

A humanidade, tão elevada em dignidade, é também muito frágil, observou Francisco. Diante desta realidade, a pergunta “por quê?” sempre surge, frisou. A esta pergunta Jesus, com uma presença se curva. Ele toma pela mão e levanta, como fez com a sogra de Pedro, refletiu o Pontífice.

Como já manifestado em outras ocasiões, o Santo Padre fez uma advertência. “A única vez em que é lícito olhar as pessoas de cima para baixo é quando nos curvamos para ajudá-las a levantar-se”.

Francisco concluiu pedindo a ajuda de Nossa Senhora. “Permitir que sejamos curados por Jesus. Precisamos disso sempre, todos. (…) Que possamos ser testemunhas da ternura regeneradora de Deus”, rogou.

 

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