Religiosa reforça necessidade de se sensibilizar as pessoas para o combate ao tráfico de pessoas, de qualquer finalidade
Da redação, com Rádio Vaticano
O “Grupo Santa Marta”, que trabalha para combater o tráfico de pessoas, está no Vaticano, e apresentou ao Papa Francisco um relatório com o progresso de dois anos de um acordo, em que cada um dos 24 chefes de polícia se empenhou em desenvolver parcerias com a Igreja e com a sociedade civil para levar à Justiça os responsáveis pelo crime do tráfico e para aliviar o sofrimento das vítimas.
A Diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), do Brasil, Irmã Rosita Milesi, participou pela primeira vez deste encontro e compartilhou a experiência brasileira neste campo.
“Nós temos um caminho de bastante avanço enquanto organização de comitês e de legislação”, disse a religiosa, recordando a recém publicada lei antitráfico de pessoas, no Brasil. “Isso é um grande avanço porque agora temos um instrumento legal nacional além dos acordos firmados pelo Brasil”, considerou.
Por outro lado, Irmã Rosita ressaltou o intenso trabalho de se sensibilizar as pessoas para o assunto: “Também do Brasil, temos muito a fazer quanto à sensibilização da sociedade e à superação dos medos e tabus que as pessoas têm em relação à identificação desta exploração que se faz, tanto no âmbito da exploração sexual, tanto no âmbito da exploração de pessoas para fins de trabalho escravo e outras formas de exploração”, disse.
“Sabemos que os dados nunca retratarão toda a amplitude das práticas desse crime. Também teremos em mente que o ser humano que sofre e passa por essa situação, vive um sofrimento tão grande, que não há como revelar em estatísticas. Por isso que o carinho, a atenção, a sensibilidade, o olhar pastoral e humanitário em relação a essas pessoas é de fundamental importância”, acrescentou.