Encontro no Vaticano

Presidente da CNBB viaja a Roma para evento sobre proteção de menores

Os presidentes das conferências episcopais do mundo foram convocados pelo Papa Francisco para o encontro no Vaticano

Da redação

Arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Sergio da Rocha / Foto: Arquivo CNBB

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Sérgio da Rocha, viaja nesta terça-feira, 19, para Roma. O arcebispo metropolitano de Brasília irá participar do Encontro “A proteção dos menores na Igreja”, que acontece no Vaticano de 21 a 24 de fevereiro.

O encontro foi convocado pelo Papa Francisco e reunirá os presidentes das conferências episcopais da Igreja Católica de todo o mundo. 

De acordo com o diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti, a reunião prevê sessões plenárias, grupos de trabalho, momentos comuns de oração com a escuta de testemunhos, uma liturgia penitencial e uma celebração eucarística final. O Papa Francisco assegurou sua presença durante todo o encontro, que será realizado na Sala nova do Sínodo. 

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Recentemente, os participantes do encontro foram exortados a encontrarem-se com as vítimas de abusos em seus próprios países antes de irem para o encontro no Vaticano.  Em carta, a Comissão Organizadora do evento afirmou que estes encontros pessoais seriam uma forma concreta para garantir que as vítimas tenham o primeiro lugar nas mentes de todos durante a reunião.  

Compromisso da Igreja

Em vários momentos de seu Pontificado, o Papa Francisco reafirmou o compromisso da Igreja de garantir a proteção de menores e de adultos em situações de vulnerabilidade.

No mês de agosto, o Pontífice divulgou uma carta ao povo de Deus, para falar sobre a “atrocidade” dos casos de abusos cometidos por membros do clero e religiosos e reiterou “tolerância zero” para aqueles que cometem ou acobertem esses crimes.

Na ocasião, ele afirmou que a comunidade eclesial assumia com “vergonha e arrependimento”, que não soube estar onde deveria e não agiu a tempo de reconhecer a dimensão e a gravidade do dano que estava sendo causado em tantas vidas.

“Nós negligenciamos e abandonamos os pequenos (…) Olhando para o passado, nunca será suficiente o que se faça para pedir perdão e procurar reparar o dano causado. Olhando para o futuro, nunca será pouco tudo o que for feito para gerar uma cultura capaz de evitar que essas situações não só não aconteçam, mas que não encontrem espaços para serem ocultadas e perpetuadas”, enfatiza.

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