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Em BH, Pastoral Carcerária quer intensificar atuação em 2015

Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Belo Horizonte realiza retiro para fortalecer atuação em 2015

Da redação, com Arquidiocese de Belo Horizonte

A Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Belo Horizonte realizará no próximo dia 7, um  retiro espiritual com o tema “Pastoral Carcerária: restaurados em Cristo para restaurar vidas”.  Serão cerca 220 agentes que estarão reunidos com o objetivo de se fortalecer para atuarem junto aos 13 mil presos das  23 unidades prisionais da Região Metropolitana  de BH.

Segundo a coordenadora da Pastoral Carcerária, Maria de Lourdes de Oliveira, uma das metas para 2015 é intensificar a presença e atuação da Pastoral no Conselho da Comunidade, que integra os Órgãos de Execução Penal e é ligado ao Conselho Nacional de Justiça.  Os Conselhos da Comunidade possuem funções de articulação dos recursos, de fiscalização, de luta pela preservação de direitos, de ressocialização e de representação das comunidades na execução da política penal e penitenciária.

Na Região metropolitana de BH, a fiscalização é realizada mensalmente e  resulta em um relatório sobre as condições observadas e propostas de melhorias, que é encaminhado ao juiz da  comarca. Compõem o Conselho um representante da associação comercial ou industrial, membros de instituições religiosas que visitam os presídios, representantes da Defensoria Pública, do Conselho Regional da Assistência Social,  da Ordem dos Advogados do Brasil,  o juiz da comarca  e outras instâncias que ele julgue importante a participação.

O planejamento das ações para este ano inclui prosseguir com a formação por meio dos cursos de Justiça Restaurativa- uma iniciativa da Pastoral, na Arquidiocese de BH –  e da Escola de Perdão e Reconciliação , ONG que atua na América Latina, e  que são complementares.

A Justiça Restaurativa é um modelo voltado para as relações prejudicadas por situações de violências. Valoriza a autonomia e o diálogo, criando oportunidade para que as pessoas envolvidas no conflito possam conversar e entender a causa real do problema, a fim de restaurar a harmonia e o equilíbrio entre todos. A ética restaurativa é de inclusão, de responsabilidade social e promove o conceito de responsabilidade ativa.

As Escolas de Perdão e Reconciliação, segundo explica o site da Arquidiocese de BH,  consistem basicamente em oferecer oficinas de formação para pessoas que se disponham a ser, voluntariamente, facilitadores no processo de mediação de conflitos em comunidades violentas.

Em Belo Horizonte, existem vários grupos das Escolas de Perdão e Reconciliação, criadas por Leonel Narvaez, sociólogo, doutor pela Universidade de Cambridge, membro do Comitê temático de negociação com os guerrilheiros da FARC e governo da Colômbia, assessor da Prefeitura de Bogotá onde desenvolve um trabalho de apoio a homens e mulheres vítimas da violência.

Com todos esses instrumentos disponíveis, a coordenadora da Pastoral Carcerária afirma que o foco, é atuar, “incansavelmente, para que não haja qualquer retrocesso no trabalho da Pastoral Carcerária realizado até agora”.

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