Saúde

Novembro Azul: campanha enfatiza combate ao câncer de próstata

Nesse mês da Campanha Novembro Azul, iniciada em 2011, urologista lembra que diagnóstico precoce é fundamental 

Huanna Cruz
Da Redação

Novembro Azul / Foto: Divulgação

A Campanha Novembro Azul começou em 2011 com a iniciativa do Instituto Lado a Lado pela Vida, para conscientização sobre a importância de realizar os exames para rastreio precoce do câncer de próstata. Esta é a segunda causa de câncer mais comum nos homens, mas a campanha foi além e hoje abrange a saúde do homem de uma forma geral.

Segundo o chefe do Departamento de Urologia Oncológica da Santa Casa de Misericórdia de Guaratinguetá (SP), Filipe Francisco Heins, o câncer de próstata é uma doença que não tem um fator diretamente associado com seu aparecimento, está associado ao envelhecimento. Quanto mais se envelhece, maiores são as chances, mas sua incidência começa a aumentar a partir dos 50 anos. Estilo de vida saudável, atividade física e evitar a obesidade são fatores protetores para diversas doenças e principalmente as oncológicas.

Filipe Francisco Heins / Foto: Divulgação

Casos

Filipe comenta que já realizou, juntamente a sua equipe, diagnósticos e tratamento em pacientes a partir de 40 anos, mas a maioria dos diagnósticos são feitos após os 55 anos.

O urologista afirma que o câncer de próstata acomete em média 65 mil novos pacientes por ano, sendo que 25% são diagnosticados em fase tardia, o que aumenta muito a mortalidade. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado pode levar à cura para mais de 90% dos casos. “Mas mesmo os casos diagnosticados em fase avançada têm uma sobrevida longa com as opções de tratamento que temos hoje em dia.”

Pacientes e exames

Segundo Filipe, o paciente com diagnósticos em fases mais avançadas são submetidos a terapia combinada, que pode ser a associação de cirurgia com radioterapia e bloqueio hormonal, radioterapia e bloqueio hormonal ou bloqueio hormonal e quimioterapia. Quando há necessidade dessas combinações, o oncologista clínico participa na condução do caso e o tratamento é compartilhado.

“No diagnóstico inicial, nos casos que definimos como paliativo a equipe oncológica é multidisciplinar, com assistência de psicólogos e enfermeiros, para uma condução mais humanizada e garantindo o conforto desde o início até o final do tratamento”, explica. 

Os exames para detectar o câncer de próstata são a associação de toque retal e o exame de sangue chamado de PSA (antígenos prostático específico). Filipe explica que, quando ocorre a suspeita, é realizada a biópsia da próstata, com a retirada de pequenos fragmentos de próstata que são enviados para análise. 

“Os exames para rastreio precoce são fundamentais para salvar vidas! Deixe o preconceito de lado e faça seus exames.”, conclui o médico. 

 

 

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