ações emergenciais

Missão da Unesco faz primeira visita ao Museu Nacional

Durante a visita, que será estendida até a próxima semana, serão avaliadas ações de resgate e resguardo de peças que tenham sobrevivido ao incêndio

Da redação, com Agência Brasil

A chefe da missão da Unesco, Cristina Menegazzi (de vestido), e o gestor de projetos de conservação José Luiz Perdessoli Junior (camisa azul clara), chegam ao Museu Nacional /Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Museu Nacional, no Rio de Janeiro, recebeu na tarde desta quinta-feira, 13, a primeira visita dos integrantes da missão da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Até a próxima semana, serão avaliadas ações emergenciais necessárias para resgatar peças que estão nos escombros e para resguardar o acervo que tenha sobrevivido ao incêndio de grandes proporções que tomou conta do edifício no dia 2 de setembro.

O diretor do Museu Nacional, o paleontólogo Alexander Kellner, explicou que, antes da visita ao edifício incendiado, ocorreu uma primeira reunião de orientação geral entre a missão da Unesco e a diretoria da instituição. Algumas medidas concretas já foram discutidas. “Entre outras coisas, está se pensando em cobrir parte de uma área do acervo para proteger da chuva. É uma situação que está sendo conversada. Entendam que estamos todos muito no início ainda e nós vamos estabelecendo os protocolos corretos de trabalho daqui para frente”, disse.

Kellner destacou ainda que, apesar do incêndio, a instituição permanece ativa e funcionando regularmente nos edifícios não atingidos. “O Museu Nacional vive. As pesquisas continuam, as aulas prosseguem, estamos nos adequando a toda essa situação”. Uma campanha com o slogan Museu Nacional Vive foi desencadeada nos últimos dias com adesivos e com interações nas redes sociais.

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Os integrantes da missão da Unesco

A chefe da missão é a italiana Cristina Menegazzi, que desde 2014 comanda o Programa de Salvaguarda de Emergência do Patrimônio Cultural Sírio, no escritório da Unesco em Beirute, no Líbano. Ela está sendo acompanhado por José Luiz Perdessoli Junior, gestor de projetos de conservação de coleções do Centro Internacional de Estudos para a Conservação e Restauração de Bens Culturais (Iccrom), sediado em Roma, na Itália.

Nenhum dos dois deu declarações à imprensa. Segundo a Unesco, pronunciamentos públicos só devem ocorrer na próxima semana, porque os dois, inicialmente, estão consultando as autoridades e tomando conhecimento da situação. Nesta sexta-feira, 14, o diretor do Museu Nacional informou que a ideia é que sejam apresentados os protocolos de preservação e recuperação do acervo em vigor na instituição.

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Falta de segurança

De acordo com Alexander Kellner, os trabalhos mais intensivos de busca do acervo sob os escombros só poderão ocorrer depois que o prédio oferecer segurança. Ele reconheceu a dificuldade de se garantir essa segurança com rapidez. Há preocupações com a estrutura e a cobertura e existem riscos de desabamento de partes do edifício. Desde terça-feira, tapumes estão sendo instalados no entorno do museu.

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