Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro celebra neste sábado, 30, a Festa da Unidade e a abertura do Ano Missionário
Julia Beck
Da redação
“Para que todos sejam um”. A frase, que é lema episcopal do Cardeal Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, motivou o prelado a implantar, na arquidiocese, a Festa da Unidade. A festividade que acontece neste sábado, 30, chega neste ano à sua sétima edição, promovendo entre todas as pastorais, movimentos, paróquias, padres, e todo o povo da arquidiocese a vivência da comunhão e do anúncio do Evangelho.
O pároco e coordenador de pastoral da arquidiocese, cônego Cláudio Santos, é responsável pela organização, condução, animação e elaboração de tudo que vai acontecer na Festa da Unidade. O sacerdote revela que a primeira atividade da festa será um momento de oração conduzido por Dom Orani.
Uma das novidades da edição deste ano é a apresentação da relíquia do beato Donizetti, recebida pela arquidiocese por meio de seu arcebispo, na cerimônia de beatificação do Servo de Deus, que aconteceu no último sábado, 23, na cidade de Tambaú (SP). “A relíquia será colocada para veneração de todo o povo de Deus”, completou o cônego Cláudio. Momentos de pregação em torno da missionariedade serão conduzidos pelo padre Antônio José, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Todos os Santos (RJ).
A Festa da Unidade 2019 tem como tema “Missionários da unidade” e lema “Ide por todo mundo e a todos pregai o Evangelho” (Mt 16,15). “Temos percebido, através das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora – que conduzirão todo o Brasil nesse próximo quadriênio, até 2023 –, a oportunidade de vivermos essa missionariedade. Todo o batizado deve ser sempre missionário. (…) Somos chamados como batizados a nos colocar sempre em missão”, explicou o sacerdote. Segundo cônego Cláudio, o objetivo da festividade é criar cada vez mais comunidades eclesiais missionárias na arquidiocese.
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Todas as pessoas que vivem a realidade eclesial na arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro são convidadas a participar da Festa da Unidade. “O cardeal, bispos auxiliares, bispos eméritos, todo o clero, padres, diáconos, seminaristas, religiosos e religiosas, todo o povo de Deus”, sublinhou o padre.
Neste ano, a característica marcante da Festa da Unidade é o convite para que todos os participantes vistam uma camisa branca pedindo pela paz na cidade do Rio de Janeiro. Além deste fato, cônego Claúdio conta que cada vicariato da arquidiocese tem uma cor específica, por isso, além da camisa branca, os leigos são convidados a trazerem consigo lenços correspondentes às cores de cada vicariato. “É uma forma de mostrar a unidade de toda a nossa Arquidiocese”, reforçou.
Abertura do Ano Missionário
Com o fim do ano litúrgico, a arquidiocese encerrará o Ano Vocacional Sacerdotal e celebrará, com o início do advento, a abertura do Ano Missionário. Este novo tempo eclesial será, de acordo com o cônego Cláudio, uma oportunidade de despertar os batizados para a missão evangelizadora, para a experiência missionária.
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“Apresentaremos os frutos do Ano Vocacional Sacerdotal que a arquidiocese vive. Ganharemos 20 novos padres que serão ordenados no próximo dia 7 de dezembro, também celebramos a entrada de 23 jovens para o seminário e a ordenação de 21 diáconos permanentes”, contou o padre.
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A Cruz Missionária e o estandarte serão acolhidos na Festa da Unidade. Os objetos já estão percorrendo a arquidiocese e, após a festividade, seguirão para outras regiões vicariais.
O Papa e a unidade
“Ser a Igreja do ‘ir’ ”, é o que pede o Papa Francisco aos católicos, segundo cônego Cláudio. O sacerdote afirma que o Pontífice tem mostrado à Igreja um caminho de comunhão e unidade. “Ele nos fala que não podemos ser ‘muros’, mas sim ‘pontes’”, destacou.
Para o padre, a unidade festejada e incentivada como um compromisso arquidiocesano favorece a fraternidade, a ligação entre as pessoas, não a divisão que separa. “O Papa colabora ao suscitar e nos incentivar a seguir por esse caminho. Devemos continuar lutando para que a unidade aconteça, mostrando sempre o rosto amoroso e misericordioso do Senhor”, concluiu.
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