Belo Horizonte foi a primeira cidade brasileira moderna planejada. Construção que foi toda registrada por ter sido construída para ser a capital de Minas Gerais. História que pode ser conhecida em uma visita ao Museu Histórico Abílio Barreto.
Reportagem de Monizy Amorim e Daniel Camargo
A jovem capital mineira ainda não tinha meio século de história quando o então prefeito Juscelino Kubitschek inaugurou o Museu Histórico de Belo Horizonte em 1943.
“Vamos pensar que Belo Horizonte foi inaugurada em 1897, mas ela precisava contar a sua jovem história e também precisava contar a história do Arraial do Curral del Rei, que era o lugar que existia aqui antes de Belo Horizonte”, falou o responsável pelo setor de acervo do museu, Álvaro Sales.
O projeto contou com o trabalho do jornalista e historiador Abílio Barreto, que após sua morte foi homenageado dando nome ao local. Hoje, Casarão e o edifício sede compõe o museu, mas durante 50 anos o acervo ficava apenas nessa construção de 1883. Aqui o visitante encontra a maquete do Arraial de Curral del Rei, vilarejo que foi totalmente destruído para a construção da nova capital. Fotos e mapas do local e da construção da cidade também podem ser vistas pelo público. Na área externa é possível ver de perto diferentes meios de transporte utilizados ao longo do desenvolvimento da cidade. O museu guarda um acervo de aproximadamente 70.000 peças.
Mais do que preservar objetos centenários, cada exposição revela as histórias por trás das peças em exibição. Essas chaves, por exemplo, pertenciam às construções demolidas para dar lugar à cidade de Belo Horizonte. “Nós temos também alguns vestígios de edificações que existiram aqui nessa cidade. Então, a gente tem a pia batismal da antiga matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem. A gente tem uma cadeira do antigo teatro municipal e a gente vai encontrar também fotografias de pessoas ligadas à história de Belo Horizonte. Porque a história é feita por pessoas”, acrescentou Álvaro.
Cláudio e a filha Anne aproveitaram a viagem a Belo Horizonte para conhecer um pouco mais a história da capital e se encantaram com o que viram. “Eu acho que aqueles canhões e sobre Juscelino Kubitschek que eu estava estudando há pouco tempo”, disse a estudante, Anne Santos.
“É muita coisa interessante mesmo que a gente veja a realidade do que a gente viveu antigamente. Hoje tá muito sofisticado. Por isso que é interessante a gente vim ver o passado”, concluiu o empresário, Cláudio Pereira Santos.
Acervo que está em constante atualização porque a cidade continua produzindo história.