Ministério da Defesa e TSE

Eleições 2018: Exército ajudará no combate a crimes cibernéticos

Exército é instituição mais bem equipada para atuar no combate a crimes eleitorais cibernéticos, afirma ministro da Defesa

Da redação, com Agência Brasil

Conjunto de ações online serão pensadas para combate a crimes eleitorais cibernéticos /Foto: Arquivo CN

A Justiça Eleitoral e o Exército pretendem firmar um convênio para atuar em conjunto no combate aos crimes cibernéticos nas próximas eleições. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, realizaram nesta terça-feira, 10, uma primeira reunião sobre o tema.

Segundo o ministro a nova legislação trará “muito peso nas redes sociais” nas próximas eleições, o que torna fundamental a elaboração de um comitê que se preocupe também com os crimes eleitorais e cibernéticos. Para Jungmann, o Exército seria uma das instituições mais bem equipadas para atuar no combate a crimes eleitorais cibernéticos, por isso foi chamado pelo TSE.

O presidente do TSE acredita que a nova legislação exigirá um monitoramento online, em tempo real, de todas as doações eleitorais. “Temos esse novo modelo, o crowdfunding [financiamento coletivo], que temos que tomar todo o cuidado”, declarou Mendes.

As eleições e o crime organizado

Crime organizado também é uma das preocupações para as próximas eleições /Foto: Arquivo CN

Além do campo virtual, o Exército deve intensificar sua atuação nas ruas. Uma das preocupações de Jungmann é a tentativa do crime organizado em implantar um “Estado paralelo”, em especial no Rio de Janeiro. De acordo com Mendes, existem hoje casos em que traficantes de drogas impedem a entrada de candidatos nas comunidades em que atuam, além de financiamentos de candidatos com recursos ilícitos, obrigando a população dessas áreas a elegê-los.

A preocupação do ministro da defesa, é também, a indicação de pessoas do crime organizado, para cargos na área de Segurança Pública, por parte de políticos eleitos. O presidente do TSE fez um alerta ao fim das doações de empresas para as campanhas, e a famosa “caça a CPFs — Cadastros de Pessoa Física”, quando pessoas físicas são cooptadas a fazer doações em seu nome, mas usando dinheiro do crime organizado.

O objetivo agora será a realização de reuniões semanais para discutir a segurança e o combate ao crime organizado nas eleições, incluindo a participação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e de outros ministros de Estado, como Sergio Etchegoyen (Segurança Institucional) e Torquato Jardim (Justiça), segundo Mendes.

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