Decisão

Câmara deve decidir hoje futuro político de Eduardo Cunha

Sessão deve começar às 19h e terá argumentos finais da defesa e acusação; Cunha estará presente

Agência Brasil

Eduardo Cunha, informou em entrevista coletiva que aceitou pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff / Foto:  Valter Campanato - Agência Brasil

Eduardo Cunha comparecerá à sessão que decidirá seu futuro político/ Foto: Valter Campanato – Agência Brasil

O futuro político do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deve ser decidido nesta segunda-feira, 12, em sessão agendada para a as 19h na Câmara dos Deputados. O primeiro a falar será o relator do processo contra Cunha (PMDB-RJ) quando o caso começou a tramitar no Conselho de Ética, o deputado Marcos Rogério (DEM-RO).

De acordo com a secretaria-geral da Câmara, Rogério terá 25 minutos para apresentar os argumentos favoráveis à cassação do mandato de Cunha. Depois de quase oito meses em que a representação esteve nas mãos do colegiado, Marcos Rogério formulou o parecer que resultou na continuidade do processo por um placar de 11 votos a nove, em junho. No texto, o parlamentar afirma que Cunha é o dono de pelo menos quatro contas na Suíça – Köpek; Triumph SP, Orion SP e Netherton – e classificou as contas como “verdadeiros laranjas de luxo”.

Os advogados de Cunha terão o mesmo tempo – 25 minutos – para rebater os argumentos de Rogério. O próprio Eduardo Cunha já confirmou que estará pessoalmente na sessão e também poderá se manifestar, reforçando, em 25 minutos, sua defesa.

Com a conclusão desta fase inicial, os deputados que forem se inscrevendo poderão falar por cinco minutos cada. Mas esta etapa da sessão pode ser interrompida a partir da fala do quarto parlamentar, se houver um acordo e a maioria em plenário decidir pelo fim da discussão.

A votação é nominal e o posicionamento de cada deputado será anunciado abertamente pelo painel eletrônico. São necessários 257 votos – equivalentes à maioria simples dos 513 deputados – para que Cunha perca o mandato como parlamentar.

Eduardo Cunha, que foi notificado sobre a sessão na última quinta-feira, 8, pelo Diário Oficial da União, deve contar com o apoio de aliados que podem apresentar questões de ordem. O peemedebista quer que, a exemplo do que ocorreu no impeachment de Dilma Rousseff no Senado, a votação seja fatiada, ou seja, que os parlamentares decidam separadamente sobre a perda do cargo e sobre a perda dos direitos políticos.

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