21 de outubro

Brasil comemora Dia de Valorização da Família

Agentes da Pastoral Familiar falam sobre como a família pode ser mais valorizada nos dias de hoje

Denise Claro
Da redação

Renato Rosseti com a esposa e os três filhos./ Foto: Arquivo Pessoal.

Renato Rossetti com a esposa e os três filhos./ Foto: Arquivo Pessoal.

Nesta sexta-feira, 21, é comemorado no Brasil o Dia Nacional de Valorização da Família. A data foi instituída pela Lei n. 12.647, sancionada pela Presidência da República em 17 de maio de 2012.

Na ocasião, o Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Ulrich Steiner, e o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Dom João Carlos Petrini, divulgaram uma mensagem, animando os Bispos do Brasil a “aproveitar este dia em favor da evangelização da família brasileira, promovendo atividades e eventos que sinalizem nossa adesão católica. Este dia pode tornar-se um precioso recurso para promover a Família como espaço privilegiado e insubstituível para que um homem e uma mulher possam, através do matrimônio, gerar e educar seus filhos no exercício da família cidadã”.

Padre Jorge Alves

Padre Jorge Alves Filho, Assossor Nacional da Pastoral Familiar./ Foto: Arquivo Pessoal.

O Assessor Nacional da Pastoral Familiar, Padre Jorge Alves Filho, fala sobre a importância da data para a sociedade:

“Celebrar este dia de valorização da família significa voltar nosso olhar para essa instituição pensada por Deus. Como cristãos precisamos defender os direitos da família e lutar contra toda situação nociva que possa colocar em risco o bem dela, pois sabemos que se a família vai bem a sociedade também vai, mas quando se fragiliza a família, toda a sociedade fica fragilizada.”

A data foi celebrada pela primeira vez pelos brasileiros em 2013. Padre Jorge ressalta que ainda é necessário um olhar mais atento por parte das instituições governamentais sobre a realidade da família no país:

“Infelizmente a situação da família em nosso pais não está bem. O desemprego, a falta de moradia digna para muitas famílias, da saúde pública e da educação de qualidade fazem com que não tenhamos famílias bem estruturadas”.

Segundo o padre, celebrar esta data também é uma forma de lembrar a necessidade de cuidar para que o país reconheça que a família é um dom preciso para a nação. “Cuidar da família é cuidar da primeira e mais importante escola cidadã, porque cada pessoa que traz em sua história de vida a experiência da família tem a grande possibilidade de viver melhor sua vida em sociedade e contribuir para o crescimento do país como um todo”. 

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Se por um lado é necessária uma discussão da valorização da família a nível político, também é importante uma conscientização de que cada família tem o seu valor, enquanto plano de Deus.

Renato Rossetti é casado há 28 anos e há 20 atua com a esposa na Pastoral Familiar, e ressalta que a valorização da família passa pelo Evangelho.

“Jesus foi um grande incentivador da família. Viveu intensamente a vida familiar até os 30 anos de idade quando saiu para realizar sua Missão. Na Família de Nazaré, Jesus aprendeu valores e viveu afetos. As famílias cristãs precisam se proteger dos fortes ataques da cultura egocêntrica da atualidade, buscando fomentar a vivência comum em seus lares. Especialmente nesta era da internet, do mundo virtual, temos visto muitas “fami-ilhas” e não famílias. Vejo que este é um grande perigo”. 

A Pastoral Familiar atua junto às famílias e as promove nas ações desenvolvidas pelas paróquias, desde o batismo até os cursos de noivos e Encontros de Casais. Em muitas situações, auxilia com momentos de oração, acompanhamento e aconselhamento, além de ações concretas de auxílio a famílias em risco social.

Renato conclui dizendo que o mais importante é cada família encontrar seu modo próprio de fazer crescer, nela mesma, a convivência. 

“Nos encontros que participamos, sugerimos que os casais promovam momentos em família, que façam refeições juntos, criando um ambiente que valorize a convivência familiar, o diálogo e a partilha. É necessário que cada família cristã encontre seu modo de conviver e faça disto um hábito. São estes laços fraternos e amorosos que darão suporte nos momentos difíceis da vida, fazendo-nos relembrar nossa essência e nosso valor de pessoa”. 

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