Durante missa na Catedral Metropolitana de Brasília, Arcebispo também refletiu sobre o tempo quaresmal
Da redação, com Arquidiocese de Brasília
Em celebração ao Dia de Jejum e Oração pela Paz, o Arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Sergio da Rocha, celebrou uma missa nesta sexta-feira, 23, acompanhado por centenas de fiéis na Catedral Metropolitana de Brasília. Na homilia, dom Sergio falou sobre o sentido da paz, que vem de Deus.
“Hoje somos convidados a rezar pela paz. Pedir a Deus o dom da paz significa reconhecer que a paz é, acima de tudo, um dom de Deus. Nós, por contra própria, com nossas forças não somos capazes de conseguir a paz. Conseguimos porque recebemos de Deus”, disse o arcebispo.
O evento teve início às 8h com a oração das Laudes e a exposição do Santíssimo Sacramento. Durante toda a manhã os fiéis puderam adorar Jesus Sacramentado e vivenciar momentos de interiorização espiritual, realizar meditações sobre a paz e a quaresma, além de momentos de oração.
Dom Sergio pedi que os fiéis cultivem a paz em seu cotidiano e partilhem esta qualidade com o próximo. “Devemos partilhar esse dom. Não deve ser menosprezado para que a paz aconteça em diversos ambientes em que vivemos. Nós recebemos de Deus um dom que não pode ser simplesmente guardado pra si, mas deve ser compartilhado e cultivado para que ele se multiplique e produza frutos”, afirmou.
O cardeal ainda reforçou o quão significante é o jejum durante a Quaresma que, a seu ver, “renuncia a agressividade, a violência, ao desamor, a vingança e ao ódio”. “Esse é o jejum que mais agrada a Deus. Somos chamados a viver da graça de Deus do amor de Deus e pra isso é preciso jejuar de qualquer manifestação violenta. Jamais reproduzir em nossa vida a violência que nós condenamos na sociedade”, finalizou.
Convocação papal
O dia de Oração e Jejum pela Paz foi convocado pelo papa Francisco na oração do Ângelus do dia 4 de fevereiro. A motivação para o convite é a “trágica continuação de situações de conflito em diversas partes do mundo”.
Na ocasião, o Pontífice exortou que “as vitórias obtidas com a violência são falsas vitórias” e lembrou dos conflitos no Sudão do Sul e na República Democrática do Congo.