Instabilidade

Coreia do Sul suspeita de mais usinas de urânio no Norte

A Coreia do Sul disse nesta terça-feira, 14, suspeitar que a Coreia do Norte esteja enriquecendo urânio em mais locais além da sua usina nuclear principal – o que poderia significar mais material para a produção de bombas atômicas.

O chanceler sul-coreano, Kim Sung-hwan, declarou que não poderia confirmar relatos da imprensa de que a Coreia do Norte teria três ou quatro usinas de enriquecimento de urânio, mas admitiu que essa atividade provavelmente não se restringe ao complexo nuclear de Yongbyon.

No mês passado, um cientista nuclear norte-americano fez uma rara visita à Coreia do Norte e alertou que provavelmente o país possuía locais alternativos para o enriquecimento de urânio. No passado, a Coreia do Norte fez testes com armas nucleares à base de plutônio.

Analistas dizem que o regime comunista pode ampliar seu arsenal para tentar arrancar concessões do Ocidente em negociações de desarmamento. Esse processo está paralisado há dois anos, e os EUA e seus aliados dizem que só o retomarão quando os norte-coreanos se comprometerem firmemente em se desarmarem.

Em Pequim, uma porta-voz da chancelaria chinesa disse que o enviado especial do governo local para a Coreia do Norte, Dai Bingguo, esteve em Pyongyang e convenceu o regime local sobre a necessidade de retomar as negociações nucleares, além de "exercer a calma e a moderação, e manter uma atitude responsável para evitar que as tensões se agravem".

Em sua visita à Coreia do Norte, o cientista norte-americano Siegfried Hecker se disse impressionado com a quantidade e com a modernidade das centrífugas de enriquecimento nuclear que ele viu – muito diferentes das antiquadas máquinas que compõem o resto das instalações nucleares norte-coreanas.

O enriquecimento de urânio representaria uma segunda opção para a obtenção de combustível nuclear, junto com o plutônio oriundo de Yongbyon, usina construída pela ex-União Soviética e que foi objeto de um acordo de desarmamento agora abandonado.

A situação na península da Coreia chegou neste ano ao seu ponto de maior tensão nas últimas décadas.

Em março, 46 marinheiros sul-coreanos morreram no naufrágio de uma corveta militar, que Seul e Washington disseram ter sido torpedeada – algo que a Coreia do Norte nega.

No mês passado, o regime norte-coreano bombardeou uma ilha sul-coreana, matando quatro pessoas, inclusive dois civis.

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