VIAGEM APOSTÓLICA

Papa Leão XIV reza em silêncio no Porto de Beirute

O Bispo de Roma esteve no local da dupla explosão ocorrida em 4 de agosto de 2020, para uma oração silenciosa diante do monumento que homenageia as vítimas da tragédia

Da redação, com Vatican News

O Papa Leão XIV reza no local da explosão no porto de Beirute em 2020, em homenagem às vítimas, durante sua viagem apostólica, em Beirute / Foto: Imago – Catholicpressphoto via Reuters Connect

O Papa Leão XIV rezou na manhã desta terça-feira, 2, no local da explosão do Porto de Beirute e consolou algumas das famílias que levavam consigo fotos de seus entes queridos, entre as mais de 200 vítimas daquela tragédia de 4 de agosto de 2020.

A explosão no Porto de Beirute causou a morte de 245 pessoas e milhares de feridos, além de uma enorme devastação em uma cidade já assolada pela crise econômica.

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O Santo Padre visitou, no último dia de sua viagem ao Líbano, o local da explosão, onde ainda permanecem enormes silos parcialmente destruídos, considerados “testemunhas silenciosas” da tragédia. Leão XIV depositou uma coroa de flores, acendeu uma vela e rezou alguns minutos em silêncio. Em seguida, aproximou-se da zona onde estavam cerca de 60 pessoas em representação das vítimas da tragédia, que traziam fotos de seus familiares falecidos. Ele conversou com elas, consolou-as, abraçou-as e ofereceu-lhes um rosário.

Papa Leão XIV abençoa as vítimas da explosão no porto de Beirute em 2020, no local da explosão, em homenagem às vítimas / Foto: Imago – Catholicpressphoto via Reuters Connect

O Porto de Beirute

O porto ocupa quase toda a lateral do triângulo que forma a península da capital libanesa. Em 4 de agosto de 2020, uma dupla explosão matou mais de 200 pessoas, feriu outras 7 mil e deixou 300 mil desabrigadas. O nitrato de amônio, confiscado em 2014 do navio abandonado MV Rhosus e depositado no porto sem medidas de segurança, causou duas explosões em rápida sucessão: uma primeira, menor, seguida pela segunda, considerada uma das explosões não nucleares mais poderosas da história.

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O episódio foi detectado como um evento sísmico de magnitude 3,3 pelo United States Geological Survey (“Serviço Geológico dos Estados Unidos”).

Apesar dos repetidos apelos nacionais e internacionais por responsabilização judicial, investigações eficazes, independentes e imparciais não foram concluídas. Em fevereiro deste ano, após anos de suspensão, a investigação, liderada pelo juiz Tarek Bitar, foi retomada, mas persistem incertezas, ligadas a obstáculos e interferências de líderes políticos e funcionários do Estado, que se recusaram a comparecer para interrogatório e até denunciaram o juiz. Cinco anos após a explosão, as famílias das vítimas, os feridos e gerações inteiras de pessoas traumatizadas pela tragédia ainda aguardam justiça. Nos últimos meses, o dia foi declarado dia de luto nacional, uma rua recebeu o nome das vítimas de 4 de agosto de 2020 e o local da explosão foi tombado como patrimônio histórico.

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