Confiança em Deus

“Permanecemos ao lado de quem sofre”, testemunha pároco em Gaza

Padre Gabriel Romanelli e outros religiosos da Paróquia Sagrada Família em Gaza continuam servindo aos idosos, doentes e necessitados que sofrem com a guerra

Da Redação, com Vatican News

Padre Gabriel Romanelli / Foto: Reprodução Vatican News

Os religiosos que servem na Paróquia Sagrada Família em Gaza permanecem ao lado da população que sofre com a guerra. É o que afirma o pároco local, padre Gabriel Romanelli: “Estamos aqui por Jesus Cristo, para servi-lo na Eucaristia, e O servimos na pessoa dos pobres e doentes, daqueles que sofrem”.

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Na paróquia, além do pároco, há outros sacerdotes do Instituto do Verbo Encarnado, as irmãs da mesma família religiosa e as irmãs de Madre Teresa. “Todos nós temos os mesmos sentimentos – explica o sacerdote à mídia vaticana – vendo a necessidade dos idosos, dos que estão ansiosos, dos que estão tristes e angustiados, dos deficientes, compreendemos que o Senhor nos chama a continuar a servir-lhes, porque, caso contrário, como essas pessoas poderão sobreviver, como poderão fazer?”.

Rezar pela paz, para parar a guerra

O pároco e outros religiosos se associam ao apelo conjunto lançado nesta terça-feira, 26, pelo patriarca de Jerusalém dos Latinos, Cardeal Pierbattista Pizzaballa, e pelo patriarca greco-ortodoxo de Jerusalém, Teófilo III. Pede-se, continua o pároco, “às autoridades internacionais e àqueles que têm o poder de parar esta guerra que a parem para o bem de todos. Nós continuamos a rezar pela paz, pela liberdade de todos aqueles que dela são privados, pelos reféns, pela possibilidade de que possam ser tratadas as milhares e milhares de pessoas doentes e feridas que não encontram, em toda a Faixa de Gaza, os cuidados de que necessitam”.

É na cidade de Gaza que a situação está se tornando particularmente grave nas últimas semanas. Continuam as operações militares, aumentam os bombardeios em várias partes da cidade, relata Romanelli, “com mais mortos, mais destruição, mais feridos. Essa é a situação geral que, olhando para o futuro, cria mais incertezas em todas as pessoas: o fato de que a guerra continuará e que a próxima etapa poderá ser a guerra diretamente contra a cidade de Gaza”. É por isso que o religioso invoca mais uma vez o fim do conflito: “nós aqui, com muita simplicidade e humildade, continuaremos. Não é fácil, mas estamos nas mãos do Senhor e temos fé de que, com a ajuda de muitas pessoas boas no mundo, tudo isso, um dia, vai acabar”.

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