PAPA

Agostinianos de MG guardam na memória as visitas do então frei Prevost

No dia 8 de maio, a Igreja conheceu seu novo Papa, Robert Francis Prevost. Para muitos, um nome surpreendente, mas entre os agostinianos, uma presença familiar

Reportagem de Monizy Amorim e Daniel Camargo

Na parede de todas as Casas da Ordem Agostiniana existem fotos do prior geral da ordem e do Papa. Por isso, desde a semana passada, a parede ganhou uma nova foto, a de Leão XIV.

Hoje, as vestes são outras e a missão também. Mas a presença do atual Sucessor de Pedro entre os muros Agostinianos não é novidade. Durante 12 anos, ele esteve à frente da Ordem no mundo e, nesse período, veio duas vezes a Minas Gerais.

A primeira foi em 2004, no aniversário de 70 anos do Colégio Santo Agostinho, em Belo Horizonte. A outra em 2012, na cidade de Mário Campos, durante uma assembleia da província. Evento marcante na vida de Frei Jeferson que fez a sua profissão de votos solenes diante do então superior geral da ordem e que agora ganha novo significado.

O Conselheiro Provincial, Frei Jeferson Felipe da Cruz destacou sua apreciação: “Na ocasião eu lembro que eu fiquei muito impactado e agradecido por isso, porque era uma coisa que eu não imaginava mesmo, professar os votos nas mãos do Prior Geral. E agora com isso, esse sentimento assim, triplica, porque imagine, era o Prior Geral e agora é o Papa”.

Um pai que escuta e acolhe, um pastor com a firmeza necessária para guiar o seu rebanho, assim Frei Jefferson define Leão XIV. “Muita escuta, é de diálogo, é muito sereno, muito tranquilo, mas é muito firme. Uma vez que se toma a decisão, aí ele é firme na proposição”.

Um homem de unidade, que sempre quis se fazer um com os seus mesmo depois que foi ordenado bispo de Chiclayo. Experiência que Frei Caio pode fazer em 2019, durante o tempo em que morou em Lima, no Peru.

“Mesmo no seu ministério episcopal, não fazia diferença. Estava ali conosco, como um e nos acolhia, nos escutava, nos dava ânimo, em nossa vocação”.

Características experimentadas pelos agostinianos durante as últimas décadas e que agora poderão ser vividas por toda a Igreja.

Frei Jeferson apontou: “A insistência dele em construir pontes, em valorizar uma comunicação desarmada e desarmante, fugir da guerra das palavras, mas se aplicar a um verdadeiro diálogo, é muito dele, mais do que um slogan, qualquer coisa é a maneira como ele costuma agir, como ele costuma ser”.

O Frei Caio também expressou suas características fraternas:“Ele vai escutar muito e vai propor a unidade da Igreja para vivermos em comunhão. E para viver esta comunhão, viver esta unidade, é preciso escuta, é preciso reconhecer os outros e sobretudo conviver”, concluiu ele.

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