NO VATICANO

Bispo brasileiro comenta primeira semana de atividades no Sínodo

Bispo de Santo André (SP), Dom Pedro Cipollini, foi escolhido para representar episcopado brasileiro e faz observações sobre forma de trabalho e temas refletidos

Da Redação, com CNBB

Bispo de Santo André (SP), Dom Pedro Cipollini / Foto: Reprodução CNBB

Depois de uma semana de trabalho na XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, o bispo de Santo André (SP), Dom Pedro Carlos Cipollini, compartilhou suas visões sobre as atividades realizadas até aqui.

O purpurado foi um dos cinco bispos eleitos na última Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para representar o episcopado brasileiro no Sínodo sobre a Sinodalidade. Dom Cipollini foi eleito presidente da Conferência Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé em 2015 e reeleito em 2019.

De acordo com o bispo, esta segunda sessão começou com uma característica diferente. “Nós já tínhamos participado da primeira sessão e já estávamos ambientados com o clima e o tipo de trabalho. Porém, tem uma diferença, como por exemplo a criação dos dez grupos de estudo sobre as temáticas pelo Papa, que trabalharão assuntos mais complexos, influem porque esses temas não estão sendo discutidos”, avalia.

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.: Cobertura do Sínodo sobre a Sinodalidade

Por outro lado, algumas linhas mestras permanecem da primeira sessão. Na visão de Dom Cipollini, a sinodalidade como um modo de ser da Igreja tem que ser implementada com mais força. Ele aponta que existe também a questão da missão: “a Igreja existe para anunciar o Reino de Deus; quer dizer o Reino tem uma Igreja; não é uma Igreja que tem uma missão; é o Reino que tem uma Igreja missionária a seu favor”.

O bispo sublinha ainda que permanece a linha de uma Igreja misericordiosa aberta para acolher a todos. “Ontem passamos o dia todo ouvindo, o Papa também como nós. Um dia de ouvir tanto os depoimentos pessoais quanto os que trabalharam em grupos”, contou.

Dom Cipollini observa que permanece também a linha da iniciação à vida cristã proposta que defendeu no Sínodo. “À medida que tivermos leigos mais conscientes e preparados, nós podemos ter uma Igreja sinodal onde todos participam; são incluídos, porque se tornam e se sentem responsáveis”, reforça.

Por fim, o bispo indica que a questão do clericalismo continua como uma questão a ser refletida. “Os trabalhos são discutidos e sintetizados no próprio grupo. Além dos círculos menores, temos também as plenárias onde cada um pode se inscrever e falar”, partilha.

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