PADROEIRA DAS MISSÕES

“O amor de Santa Teresinha pela missão ultrapassou o Carmelo”, diz freira

Celebrada nesta terça-feira, 1º de outubro, Santa Teresinha descobriu, no amor, sua vocação para cuidar e interceder pelos missionários espalhados pelo mundo

Gabriel Fontana
Da Redação

Santa Teresinha do Menino Jesus

Uma das santas mais populares do mundo, Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, é comemorada pela Igreja nesta terça-feira, 1º de outubro. Fiéis católicos em todo o mundo celebram a memória da santa francesa que descobriu o amor como sua vocação e doou-se inteiramente a Deus no Carmelo.

Entre diversos fatos relacionados a Santa Teresinha está o título de padroeira universal das missões católicas, concedido pelo Papa Pio XI em 1927. O Pontífice também foi responsável pela beatificação e pela canonização da santa de Lisieux em 1923 e 1925, respectivamente.

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Além disso, o Papa Pio XI instituiu, em 1926, o Dia Mundial das Missões, celebrado anualmente no penúltimo domingo do mês de outubro. Dessa forma, outubro tornou-se também o Mês das Missões, sendo aberto com a memória da santa que tinha o desejo de evangelizar o mundo todo, mas cumpriu sua missão amando a Deus e a todos na clausura do Carmelo.

“Minha vocação é o Amor”

Irmã Keller Jenny, CMES / Foto: Arquivo pessoal

A irmã Keller Jenny Cordeiro, CMES, observa que essa escolha por Santa Teresinha como padroeira universal das missões católicas reflete as ações da religiosa francesa. Ao compreender qual era sua vocação, a carmelita “fazia tudo por amor, oferecendo a Jesus seus sacrifícios pelos missionários que estavam cansados, longe de sua pátria”.

“Santa Teresinha desejava ser tudo”, prossegue, “e entendeu que a Igreja é um corpo, e esse corpo tem um coração, onde está o amor. Então ela descobre que, sendo o amor, ela seria tudo”. O amor da religiosa pela missão, afirma irmã Keller, ultrapassou as grades do Carmelo pela sua oração e oferecimento.

“O amor de Santa Teresinha pela missão ultrapassou as grandes do Carmelo pela sua oração e oferecimento.”
– Irmã Keller Jenny, CMES

A religiosa comenta que, com Santa Teresinha, “aprendemos a amar em todas as circunstâncias e ocasiões, fazendo tudo por amor, com amor e para o Amor que é o próprio Deus”. O amor tudo transforma, afirma Irmã Keller, e os fiéis, enquanto membros do corpo de Cristo que é a Igreja, podem e devem colocar seus dons e talentos a serviço do Senhor. “Todos os dons são importantes e úteis para testemunhar o amor de Deus: não tenhamos medo de servir”, manifesta.

Santidade no cotidiano

Sarah Sabará / Foto: Bruna Marinho

A missionária da Comunidade Canção Nova, Sarah Sabará, nutre uma profunda relação com Santa Teresinha do Menino Jesus. Ela recorda que conheceu a história da carmelita ao narrar a propaganda de um livro sobre ela. “Posteriormente, sem muitas intervenções memoráveis, contar com ela como uma amiga do céu foi natural”, relata.

Diante dessa amizade, que foi crescendo cada vez mais, a missionária afirma: “A vida de Santa Teresinha me santifica, pois me revela a capacidade que tenho de alcançar o céu no cotidiano, o que comunga com o que padre Jonas, meu fundador, nos ensinou: santidade ao ritmo da vida”. Da mesma forma, o Beato Carlo Acutis dizia que “Santa Teresinha do Menino Jesus nos ensina que a santidade não é feita de coisas extraordinárias, mas sim de coisas simples, feitas com amor”.

Sarah testemunha ainda a ajuda de Santa Teresinha, sobretudo para lidar com as próprias emoções e viver a missão que Deus lhe confiou. “Ela, considerando-se pequena como uma criança, sinaliza-me minha missão, presenteia-me com carinhos discretos e muito concretos que me confirmam sua intercessão”, finaliza.

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