Secretário de Estado do Vaticano permanece em missão no país africano, levando a proximidade do Papa Francisco e a esperança à população local
Da Redação, com Vatican News
O secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, segue em missão no Sudão do Sul. Com o objetivo de visitar a diocese de Malakal, tendo sido convidado pelo próprio bispo, o representante pontifício teve alguns compromissos na região nesta terça-feira, 15, e realiza mais alguns encontros nesta quarta-feira, 16.
Em sua programação estão a celebração da Missa na residência de Dom Stephen Nyodho Ador Majwok, bispo em Malakal, uma visita à escola e ao seminário menor St. Charles Lwanga e uma reunião com as comunidades dos chefes tradicionais do Alto Nilo. À tarde, ele se encontra com autoridades e funcionários da UNMISS, a missão de paz das Nações Unidas no Sudão do Sul, e depois se reúne com padres, religiosos, religiosas e seminaristas da diocese de Malakal.
Celebração da Assunção de Nossa Senhora
Parolin chegou ao Sudão do Sul na segunda-feira, 14, e passou o dia em Juba, capital do país. Na terça-feira, ele se dirigiu a Malakal e celebrou a Missa em ocasião da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Na Catedral de Malakal, ele levou a proximidade do Papa, diante dos desastres naturais e dos problemas de violência enfrentados pela população local.
Na homilia, o cardeal falou aos presentes sobre o sofrimento que têm enfrentado nos últimos tempos. “Aqui, vocês sofreram e experimentaram em primeira mão conflitos, tensões, fome, insegurança, enchentes, conflitos étnicos, lutas pelo poder e jogos políticos. Até quando, Senhor, teremos que sofrer todos esses males? Quando a paz e a serenidade voltarão às nossas comunidades?”, exprimiu.
Contudo, Parolin levou também palavras de esperança, falando sobre a Assunção de Maria. Ele frisou que o mal não tem a última palavra e não vence sempre, indicando que o relato da Assunção é “um sinal de consolação e esperança, e hoje ilumina as trevas e a obscuridade da vida”.
Não à vingança, sim ao perdão
O representante pontifício também falou aos presentes das recordações que o Papa têm de sua visita ao país em fevereiro e de como o Santo Padre leva esse povo em seu coração, com suas dificuldades e feridas, suas expectativas e esperanças. Além disso, recordou as palavras de Francisco na visita ao país, quando ele convidou o povo a não “responder ao mal com mais mal”, a escolher a fraternidade e o perdão, a cultivar “um amanhã melhor”, a cooperar e iniciar caminhos de reconciliação.
O cardeal permanece no Sudão do Sul até esta quinta-feira, 17, quando visita Rumbek. Lá, celebrará a Missa pela Paz e a Reconciliação, concluindo sua viagem.