Em meio às crescentes tensões sobre a Ucrânia, a Conferência Episcopal Polonesa pede que todos os fiéis no país continuem a rezar pela paz e acolham os refugiados ucranianos
Da redação, com Vatican News
À medida que a guerra se aproxima na fronteira oriental da Ucrânia, o presidente dos bispos poloneses pede aos católicos e às pessoas de boa vontade na Polônia que acolham os refugiados ucranianos que buscam abrigo no país, enquanto continuam a rezar pela paz. “Todos têm o direito de viver em paz e segurança. Todos têm o direito de buscar, para si e seus entes queridos, condições de vida seguras”, escreveu o arcebispo Stanislaw Gądecki, de Poznań, em um apelo emitido na segunda-feira, 21.
O prelado polonês lembrou que “durante séculos a Polônia foi um refúgio para aqueles que, respeitando a cultura e a lei polonesas, fugiram da perseguição e do ódio”, e que, também nos últimos anos, abriu suas portas aos recém-chegados da Ucrânia, “que vivem entre nós, trabalham conosco, rezam nas igrejas polonesas e estudam nas escolas polonesas”.
Apoio concreto
O arcebispo Gądecki pediu que a hospitalidade para com os refugiados seja expressa de forma concreta por meio do apoio a organizações de caridade, como a Caritas Polônia, a Caritas diocesana e paroquial e outras associações.
O religioso acrescentou ainda que a Caritas Polônia preparou um programa adicional de apoio aos refugiados da Ucrânia em caso de uma nova escalada das tensões e ação militar.
Oração
Por ocasião da festa dos Santos Cirilo e Metódio, em 14 de fevereiro, o chefe da Igreja Católica Polonesa enviou uma carta aos líderes cristãos russos e ucranianos convidando-os a se unirem em oração pela paz na Ucrânia, lembrando que Polônia, Rússia e Ucrânia têm “uma história comum e fé cristã”.
Em sua carta, o arcebispo observou ainda que russos e ucranianos “têm muito em comum” e devem “não tender ao ódio, mas ao respeito mútuo e à amizade”.