Chuvas abaixo do normal, desde 2012, levam armazenamentos de reservatórios da região a quedas anuais
Da redação, com Agência Brasil
Um alerta sobre o baixo nível da água nos reservatórios e açudes do Nordeste foi feito nesta quarta-feira, 27, pelo Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério da Ciência. Dados divulgados mostram que o volume de água armazenada em Pernambuco é de apenas 4,8% e a situação — consequência das chuvas abaixo do normal nos últimos cinco anos — deve se agravar.
A previsão para dezembro, do armazenamento dos reservatórios da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco, é de queda entre 2% e 5%. No reservatório Castanhão, no Ceará, a previsão é que o volume de água possa chegar a apenas 2,5% do total da capacidade no início de 2018. Segundo o Ministério da Ciência a primavera – que vai de setembro a dezembro – será quente e seca na maior parte do país, com chuvas abaixo do normal em parte das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.
A seca no Nordeste vem se agravando desde 2012, de acordo com dados do Monitor de Secas, levando os reservatórios da região de 67,1% de disponibilidade para 15,6% no fim de janeiro deste ano. O baixo volume de chuvas nesse período fez com que grande parte do Nordeste passasse a conviver com uma situação de seca excepcional.
O Conselho Monetário Nacional, CMN, diante do agravamento da seca, decidiu em julho, ampliar a renegociação de dívidas do crédito rural para produtores afetados no Nordeste e no norte de Minas Gerais. A medida visa minimizar os efeitos negativos na produção e renda dos agricultores do Nordeste em função da estiagem ocorrida a partir de 2012.
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