EM NOVA YORK

Dom Auza: Estados combatam com força tráfico de armas

Dom Bernardito Auza se pronunciou no debate aberto realizado no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova York

Da redação, com Rádio Vaticano

“Um desafio imenso que requer uma resposta proporcionada.” Foi o que disse o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza, nesta quarta-feira, 15, no debate aberto realizado no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova York.

“Que os Estados não contribuam ao tráfico de armas, mas o combatam com força, pois favorece os conflitos e consequentemente a praga do tráfico de pessoas”, disse ainda o arcebispo filipino.

Dom Auza condenou a facilidade com a qual as armas, até mesmo de destruição de massa, chegam às mãos dos terroristas, alimentando e prolongando conflitos violentos que expõem as pessoas aos traficantes. O prelado pediu para intensificar o recurso a tratados e leis relativas ao combate à venda de armas.

“Que o Conselho de Segurança da ONU adote um papel decisivo na luta contra a praga do tráfico de pessoas, prevenindo e colocando fim aos conflitos armados e favorecendo a consolidação da paz e do desenvolvimento”, disse ele.

O arcebispo recordou “as comunidades cristãs, as minorias étnicas e religiosas, e os yazidis que na área da antiga Mesopotâmia foram reduzidos à escravidão, vendidos, mortos e submetidos a toda forma de humilhação”.

“A falta aparente de esforços sérios para incriminar os autores de tais atos de genocídio, violações dos direitos humanos e do direito internacional, causa perplexidade, e nos perguntamos quantas outras atrocidades deverão ser ainda toleradas antes que as vítimas possam obter socorro, proteção e justiça.”

O prelado evidenciou a ligação entre tráfico de pessoas, pobreza extrema, subdesenvolvimento, exclusão social e falta de acesso à educação e ao mundo do trabalho.

“Os traficantes de pessoas, os terroristas, os grupos armados e as redes internacionais de crime organizado encontram um terreno fértil nas pessoas vulneráveis, que fogem de problemas econômicos, guerras ou desastres naturais. Essa vulnerabilidade é piorada com a criminalização dos imigrantes sem documento e irregulares.”

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