Vacinação

Campanha contra Poliomielite é adiada por causa da gripe A

A segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite, que se realizaria no dia 22 de agosto, foi adiada para o dia 19 de setembro. A mudança foi anunciada, nesta quinta-feira, 13, pelo Ministério da Saúde, que informa que a mudança não comprometerá a saúde das crianças nem o efeito protetor da vacina aplicada na primeira etapa da campanha, realizada em 20 de junho e que atingiu 95,7% do público alvo.

Segundo o Ministério, a alta movimentação de pessoas nos postos de saúde em razão da nova gripe foi o fator decisivo para a mudança da data. A orientação atende também a pedido de secretarias estaduais da saúde dos Estados mais afetados pelo aumento do atendimento a pacientes com sintomas de gripe.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Gerson Penna, explica que “embora nem todos os Estados apresentem sobrecarga no sistema de saúde por causa da Influenza A, optamos por adiar a campanha de vacinação em todo o país. Isso porque, quando realizada simultaneamente em todos os Estados, criamos uma rede de proteção e garantimos uma maior imunidade de grupo”.

A previsão do Ministério da Saúde é que ocorra uma queda gradativa no número de casos da nova gripe, especialmente com o fim do inverno no país. Com a redução da demanda, a segunda etapa da vacinação infantil poderá ser realizada sem qualquer prejuízo, em setembro. Para a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Maria Arindelita Arruda, nenhuma criança corre o risco de ser contaminada pela poliomielite por conta do adiamento da campanha. Ela ressalta que as crianças que tenham de tomar a dose de reforço devem esperar até o dia 19 de setembro. Já as que precisam tomar a dose de rotina da vacina devem procurar os postos de saúde na data indicada no cartão de vacinação.

A segunda etapa da campanha nacional de imunização tem a meta de atingir cerca de 14,7 milhões de crianças, o que representa 95% das crianças menores de cinco anos. Em torno de 115 mil postos de vacinação, em todo o país, estarão envolvidos no processo. Serão aproximadamente 350 mil pessoas trabalhando na campanha, que contará com a utilização de 40 mil veículos (terrestre, marítimo e fluvial).

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), não há circulação do vírus da poliomielite no Brasil e em toda a América Latina. Esse resultado é uma conseqüência das campanhas de vacinação realizadas desde a década de 1980. Mesmo assim, é importante vacinar as crianças. “Nossa missão é garantir que o vírus da pólio continue eliminado”, afirma a coordenadora do PNI.

Sobre a vacina

A vacina contra a poliomielite está disponível durante todo o ano nos postos de saúde e é também oferecida durante as campanhas de vacinação de rotina. Os bebês devem receber a vacina aos dois, quatro e seis meses e, aos 15 meses, recebem o primeiro reforço. Para os menores de cinco anos, é recomendado que tomem anualmente as duas doses distribuídas na Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite.

Esses reforços, segundo a coordenadora do PNI, são importantes porque a poliomielite é transmitida por três tipos de vírus. Se a criança não desenvolveu a imunidade com relação a um deles, com as várias doses, ela tem oportunidade de se proteger. O Ministério recomenda, de forma sistemática, que crianças que estejam com febre ou alguma infecção procurem um médico antes de receberem as gotinhas. Sob orientação profissional, a vacinação desse paciente pode ser adiada para quando ele estiver melhor.

Em diversos países existe um movimento. Ela é uma doença endêmica, ou seja, sua transmissão é constante, em quatro países: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão. Outros 15 países têm registro de casos importados: Sudão, Uganda, Quênia, Benim, Angola, Togo, Burkina Faso, Niger, Mali, República Central da África, Chade, Costa do Marfim, Gana, Nepal e República Dominicana do Congo. Segundo Maria Arindelita, o fato de o Brasil ter comércio com alguns desses países faz com que exista um fluxo migratório entre as nações. Assim, não é porque a pólio está erradicada no Brasil que se pode agir com descaso. Portanto, é fundamental manter a vigilância e as crianças protegidas.

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