Ajuda humanitária

Na Croácia, refugiados começam vida nova em centro de acolhimento

Projeto que atende cerca de 600 pessoas é coordenado pela Cáritas e pelo Serviço Jesuíta aos Refugiados

Da Redação, com Agência Ecclesia

Com ajuda de voluntários, refugiados recomeçam a vida na Croácia / Foto: caritas.org

Com ajuda de voluntários, refugiados recomeçam a vida na Croácia / Foto: caritas.org

Um hotel nos arredores de Zagreb, na Croácia, está sendo utilizado como centro de acolhimento para centenas de refugiados vindos da Síria, do Irã e de outros países do Oriente Médio. De acordo com confederação internacional da Cáritas, aquelas instalações “albergam mais de 600 pessoas”, estando atualmente com “lotação esgotada”.

Com o apoio da Cáritas Croácia, do Serviço Jesuíta aos Refugiados e de muitos voluntários, estas pessoas estão tendo a oportunidade de se integrarem no país, através de várias ações de formação, a começar pela aprendizagem da língua.

“O que tem acontecido durante esta crise tem sido absolutamente incrível. A quantidade de jovens em idade escolar que têm dado a sua ajuda como voluntários. Eles têm trabalhado dia e noite apesar dos estudos e de terem também outros compromissos”, destaca Suzana Borko, coordenadora do programa da Cáritas Croácia.

Entre os refugiados atualmente alojados no hotel estão, por exemplo, mães solteiras e sem qualquer tipo de escolaridade, o que“tornaria quase impossível subsistirem sem um apoio adequado. “Não podemos simplesmente deixar estas pessoas caírem nas margens da nossa sociedade”, frisa Drazen Klaric, neste caso responsável pelos projetos do JRS.

Maja é uma das voluntárias que tem prestado apoio aos cerca de 600 refugiados instalados neste improvisado centro de acolhimento, ou neste caso numa estrutura que aproveitou um espaço que tem as condições consideradas adequadas às pessoas que serve, com quartos para todas as pessoas ou famílias.

“Tem sido definitivamente um desafio. Temos refugiados que nem sequer falam inglês. Para comunicar, usamos também imagens e gestos, temos que ser muito criativos”, conta a jovem, que já tinha colaborado em programas deste gênero, ainda que não de forma tão direta. “Nem consigo explicar o quão enriquecedora esta experiência tem sido”, salienta a voluntária croata, que destaca a força e a coragem destas pessoas refugiadas.

 

De acordo com a Cáritas e a JRS, as duas organizações católicas empenhadas neste projeto, a principal dificuldade tem sido a falta de fundos econômicos para fazer face às necessidades das pessoas.

“Muitas organizações solidárias já foram embora, outras estão em vias de ir. No entanto, e através da Convenção de Dublin, espera-se que nos próximos tempos cheguem à Croácia mais 4 mil pessoas refugiadas”, alerta Drazen Klaric.

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