Relações diplomáticas

Liberdade religiosa deve ser protegida e promovida, diz Papa

O novo embaixador dos Países Baixos (comumente chamado de Holanda) junto à Santa Sé, Joseph Weterings, apresentou suas cartas credenciais ao Papa Bento XVI na manhã desta sexta-feira, 21.

A liberdade religiosa foi ressaltada como uma questão particularmente importante no que diz respeito à atuação da Santa Sé. "Essa liberdade não é ameaçada apenas por restrições legais em algumas partes do mundo, mas por uma mentalidade antirreligiosa dentro de muitas sociedades, mesmo quando a liberdade de religião é protegida pela lei. É por isso que esperamos que seu Governo seja vigilante, para que a liberdade religiosa e a liberdade de culto continuem a ser protegidos e promovidos, tanto em sua terra quanto no exterior", destacou o Bispo de Roma.

O Pontífice também recordou que as relações entre um Estado-nação e a Santa Sé são diferentes da relação de Estados-nação entre si.

"A Santa Sé não é um poder econômico ou militar. […] Sua voz moral exerce considerável influência ao redor do mundo. Uma das razões para isso é precisamente o fato de que a instância moral da Santa Sé não é afetada por interesses políticos ou econômicos ou coerções eleitorais de um partido político. Sua contribuição à diplomacia internacional consiste largamente em articular os princípios éticos que deveriam sustentar a ordem política e social, e em chamar a atenção para a necessidade de ações para remediar as violações de tais princípios".

Bento XVI também indicou que a diplomacia em que a Santa Sé se envolve não é conduzida por motivos confessionais ou pragmáticos, mas com base em princípios universalmente aplicáveis que são tão reais quanto os elementos físicos do ambiente natural.

"De fato, como uma voz para os que não têm voz, e defendendo os direitos dos indefesos, incluindo os pobres, doentes, não nascidos, idosos e os membros de grupos minoritários que sofrem injustas discriminações, a Igreja busca sempre promover a justiça natural, pois é seu direitos e dever fazer isso. Enquanto reconhece com humildade que seus membros nem sempre vivem à altura dos parâmetros morais que ela propõe, a Igreja não pode deixar de continuar a exortar as pessoas, seus membros incluídos, a procurar fazer o que esteja de acordo com a justiça e o senso de direito e se opor àquilo que lhes são contrários", salientou.

Por fim, o Pontífice destacou pontos de colaboração em comum entre os dois países: a necessidade de promover a paz global através de uma justa resolução de conflitos e da oposição à proliferação de armas de destruição em massa; para promover o desenvolvimento e a autossuficiência nos países emergentes; a generosa resposta humanitária aos povos em situação de emergência; a necessidade de defender a dignidade humana.

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