Viagem do Papa a Sarajevo levará mensagem de reconciliação

Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé falou hoje com jornalista dando detalhes sobre a programação do Papa em sua visita à Bósnia

Da Redação, com Rádio Vaticano

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Francisco visita a Bósnia no próximo dia 6 de junho / Foto: Arquivo

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, deu detalhes nesta quinta-feira, 28, sobre a programação da viagem do Papa Francisco a Sarajevo, na Bósnia, no próximo dia 6 de junho. O sacerdote destacou o significado da viagem, que tem como tema “A paz esteja convosco”, indicando, assim, as principais questões a serem enfrentadas pelo Papa no país que busca uma reconciliação.

Atualmente, na Bósnia, representantes muçulmanos, sérvios e croatas se alternam na presidência com a mediação de um alto representante das Nações Unidas. Reflexo da sociedade em que uma população de pouco menos de 4 milhões de habitantes é dividida em 40% que seguem o Islã, 31% de cristãos ortodoxos e 15% de católicos.

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“Os muçulmanos são a população da Bósnia – chamados também de ‘bosniak’. Os ortodoxos são, na maior parte, sérvios como etnia e os católicos são croatas. Existe, portanto, uma multiplicidade religiosa que corresponde – de maneira geral – à multiplicidade étnica com estes três componentes principais”, disse padre Lombardi.

Diálogo

A mensagem do Papa será focada na construção da reconciliação para o futuro do país, que sai de anos dramáticos de guerra, onde a situação econômica não é das melhores. Neste sentido, a visita apostólica levará sementes para fortalecer o diálogo inter-religioso. “Portanto, o encontro inter-religioso durante a viagem será particularmente importante e significativo”.

Na comitiva papal estarão os cardeais Tauran e Koch, presidentes dos organismos vaticanos para o diálogo inter-religioso e para a Unidade dos Cristãos. Um funcionário leigo do vaticano, como de costume, também estará na comitiva.

Medjugorie

Questionado sobre um eventual pronunciamento do Papa sobre as aparições de Medjugorie, Padre Lombardi respondeu: “Não creio que podemos esperar nada a respeito. Eu não espero referências sobre Medjugorie. O Papa é livre para falar o que acredita, quando quiser. Não cabe a mim, portanto, dizer o que deve fazer. Todavia, se a pergunta é: ‘Esperas, devemos esperar, que fale sobre isso?’. Não acredito”.

Ainda sobre Medjugorie, padre Lombardi esclareceu que a comissão vaticana encarregada do caso entregou um relatório à Congregação para a Doutrina da Fé que continua agora a desenvolver as suas considerações. “Não tenho nenhuma previsão para a conclusão dos trabalhos”, arrematou o porta-voz do Vaticano.

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