A iniciativa do UNICEF é realizada em parceria com governos e organizações não governamentais
Da redação, com UNICEF Brasil
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançou nesta segunda-feira, 2, no Brasil, a campanha Eu Sou Sofia. A iniciativa foi criada pelo UNICEF Suécia para dar visibilidade à situação de cerca de 250 milhões de crianças que vivem em países afetados por conflitos.
“Além de chamar a atenção para a situação dramática vivida por essas crianças, a campanha pretende mobilizar as pessoas para que sejam doadoras do UNICEF e ajudem a salvar a vida desses meninos e meninas e de outros milhões de crianças vulneráveis”, diz o site do organismo.
Por que Sofia?
Sofia é a figura de uma criança criada pelos animadores de 3D, que trabalharam em filmes como Planeta dos Macacos e Avatar, a partir de 500 imagens de crianças reais de países que enfrentam situações de emergência, como Sudão do Sul, Haiti, Somália, Ucrânia, Níger e Iêmen. De acordo o UNICEF, ela representa órfãos, meninas e meninos forçados a deixar suas casas em função de conflitos, crianças desnutridas e sem acesso à educação. Seu nome, que em grego significa sabedoria, foi escolhido por ser comum a diversos idiomas em todo o mundo.
O elemento central da campanha, criada pela agência Eldeman Deportivo, é um vídeo em que a menina Sofia conta histórias de crianças vulneráveis que ela representa e afirma ser o rosto de todas as crianças sobre as quais ninguém fala. Assista:
A iniciativa do UNICEF é realizada em parceria com governos e organizações não governamentais e inclui levar água potável e alimentação para as comunidades afetadas, promover o acesso à educação e à saúde e oferecer tratamento psicológico a essas crianças. Em janeiro deste ano, o UNICEF lançou um apelo global para arrecadar 2,8 bilhões de dólares que serão usados para suprir essas necessidades básicas e capacitar os governos desses países em conflito para prevenir novas emergências humanitárias no longo prazo.
Crianças em áreas de conflito
Segundo o UNICEF, aproximadamente uma em cada nove crianças do planeta vive hoje em zonas de conflito, o equivalente a cerca de 250 milhões de meninas e meninos. Em 2015, crianças que viviam em países e áreas afetados por conflitos tinham o dobro de chance de morrer de doenças predominantemente evitáveis antes de completar 5 anos de idade do que crianças em outros países.
“É preciso levar em conta, ainda, que, nesses países em conflito, a coleta de dados sobre essas realidades é extremamente difícil. Esses números, portanto, podem não refletir adequadamente a amplitude e gravidade da situação”, afirma o UNICEF.