Sem reformas

UE não decide novo resgate e gregos entram em greve

Os ministros das Finanças da União Europeia discutirão a crise de dívida da Grécia na semana que vem, mas não decidirão sobre um novo pacote de ajuda financeira até que uma inspeção em Atenas, que começou nesta quarta-feira, 11, em meio a uma greve nacional, dê um veredicto sobre o progresso das reformas.

Embora jornais gregos tenham noticiado que um acordo estaria sendo discutido para a concessão de um empréstimo adicional da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Grécia em troca de mais privatizações, autoridades da zona do euro amenizaram expectativas de novidades iminentes.

Durante reunião na próxima segunda-feira, ministros das Finanças da zona do euro devem dizer que a Grécia deve cumprir metas de cortes e privatizações já combinadas se quiser um novo financiamento de emergência no ano que vem, segundo uma fonte do bloco monetário europeu.

O vice-ministro das Finanças alemão, Joerg Asmussen, disse que nenhuma decisão pode ser tomada antes que a inspeção da UE e do FMI informe o progresso da Grécia nas condições impostas pelo resgate atual de 110 bilhões de euros.

"Haverá um debate sobre a Grécia na semana que vem. Nenhuma decisão será tomada", disse Asmussen.

A inspeção irá se concentrar no plano fiscal de 2011 a 2015 e no progresso do país para levantar 50 bilhões de euros com privatizações.

Um ano após o acordo com a UE e o FMI, investidores estão convencidos de que o socorro ao país altamente endividado não foi suficiente e que a Grécia será obrigada a reestruturar sua dívida, impondo prejuízos a investidores privados de bônus, a menos que os credores entrem com mais fundos. A Grécia tenta lidar com um montante de dívida de 327 bilhões de euros.

 

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