Saúde

Simpósio no Vaticano vai discutir o mal da hanseníase no mundo

O evento sobre o Mal de Hansen deve reunir 230 especialistas de 45 países, em Roma, nesta semana

Da redação, com Rádio Vaticano

A hanseníase, apesar de ter cura, continua a atingir cerca de 200 mil pessoas a cada ano, especialmente nas regiões mais pobres do mundo. Brasil e Índia ocupam o topo da lista dos países com o maior número de doentes.

Pensando nisso, o Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, vai promover o Simpósio Internacional “Por uma cura holística que respeite a dignidade dos hansenianos”, nos dias 9 e 10 deste mês, no Instituto Patrístico Augustinianum, em Roma.

A proposta do encontro foi apresentada na manhã desta terça-feira, 7, na Sala de Imprensa da Santa Sé. A iniciativa prepara o Jubileu dos Enfermos, que terá seu ponto alto no domingo, 12, na Praça São Pedro, com a celebração presidida pelo Papa Francisco.

O evento sobre o Mal de Hansen deve reunir 230 especialistas de 45 países e pretende compartilhar experiências e formar uma rede que possa responder a um três desafios: reduzir a enfermidade, assistir os doentes e famílias e reintegrá-los na sociedade.

Para o Secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, Dom, Jean-Marie Mupendawatu, é necessário trabalhar com a prevenção, a cura, mas também com a reinserção social das pessoas atingidas pela doença, e que acabam tornando-se “vítimas de estereótipos causados pela ignorância que provoca um verdadeiro estigma social”,

“Ainda hoje, infelizmente, quem é curado, mas fica marcado fisicamente por este mal, é marginalizado, lhe são negados trabalho, vida social e, no caso dos mais jovens, a escolarização ou qualquer outra possibilidade formativa”.

Neste sentido, será significativo o testemunho de 20 pessoas curadas da doença, que contarão a experiência da exclusão sofrida, muitas vezes também na família.

“Os preconceitos para a reinserção daqueles que ficam curados são muito fortes. De fato, os danos aos nervos, sem uma terapia de reabilitação, continuam a produzir incapacidade e deformidades também depois da cura”, disse o sub-Secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, padre Augusto Chendi.

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