O Observador permanente da Santa Sé na ONU disse que intervenções militares e missões de paz não cortam pela raiz o mal que gera os conflitos
Da redação, com Rádio Vaticano
Intervenções militares e missões de paz não cortam pela raiz o mal que gera os conflitos. Foi o que afirmou o Observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, Arcebispo Bernardito Auza, nesta terça-feira, 17.
No debate aberto no Conselho de Segurança sobre as causas dos conflitos mundiais, o arcebispo defendeu que é preciso investir na prevenção dos conflitos e na construção da paz.
“Estes elementos estão na base de todos os esforços em alcançar o desenvolvimento sustentável, a paz duradoura e sociedades que respeitem os direitos humanos. Isso acontece quando líderes e cidadãos transcendem interesses egoístas em nome do bem comum, rejeitam o espírito de vingança e tomam o caminho da cura e da reconciliação”.
Dom Auza afirma estes dois pontos não são tão dramáticos e urgentes como os conflitos atuais, todavia requerem maior atenção, comprometimento e, às vezes, mais recursos do que ações para acabar com guerras e conflitos civis.
Ao recordar que as Nações Unidas recentemente aprovaram as metas da agenda de desenvolvimento sustentável para 2030, o observador lembrou que “não pode haver desenvolvimento sustentável sem paz tampouco paz sem desenvolvimento sustentável”.
Neste contexto, Dom Auza concluiu exortando a Comunidade internacional “a expressar sua determinação para fomentar sociedades pacíficas, justas e inclusivas livres do medo e da violência”.