Santa Sé participa da reunião de países doadores em Londres, sobre auxílio enviado ao povo da Síria que sofre com a guerra civil
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Secretário para as Relações com os Estados, Dom Paul Gallagher, afirmou que a Igreja católica continuará a prestar assistência humanitária às vítimas da guerra na Síria, que entra no sexto ano. A declaração foi feita durante a Conferência “Auxiliar a Síria e a região” promovida pelos países doadores, nesta quinta-feira, 4, na capital inglesa.
O orçamento da ajuda humanitária para 2016 cresceu exponencialmente em relação ao ano passado, quando somente 50% do montante foi arrecadado. Diante deste quadro dramático – mesmo com a esperança de que se chegue a um acordo político para o fim do conflito –, Dom Gallagher destacou que a ajuda humanitária deve ser prevista também a longo prazo, e acolheu positivamente a decisão de que é preciso promover a educação, o trabalho e o desenvolvimento econômico dos refugiados e dos países que os acolhem.
Leia também
.: Paz na Síria: conversação em Genebra suspensa até 25 de fevereiro
Necessidades humanitárias
O arcebispo, fez, porém, uma advertência. “Enquanto discutimos as necessidades humanitárias da crise, nos cabe recordar que o custo real desta crise humanitária é mensurado pela morte e sofrimento de milhares de seres humanos”.
Neste ponto, Dom Gallagher recordou que, desde o início da guerra, a Santa Sé tem respondido às necessidades humanitárias na região. “Ao distribuir as ajudas, as agências e entidades católicas não fazem distinção de religião ou identidade étnica daqueles que requerem assistência, enquanto procuram sempre dar prioridade aos mais vulneráveis e necessitados. Particularmente vulneráveis são as minorias religiosas, incluindo os cristãos, que sofrem desproporcionalmente os efeitos da guerra e da convulsão social na região. Na verdade, a presença e existência dos cristãos está gravemente ameaçada”, recordou o Secretário para as Relações com os Estados.
No ano passado, a Igreja católica, com os recursos provenientes de apelos feitos pelas Conferências episcopais, doações privadas de fiéis católicos do mundo inteiro e parcerias com Governos e organizações internacionais, contribuiu com 150 milhões de dólares em assistência humanitária que beneficiou diretamente mais de 4 milhões de pessoas atingidas pela guerra na Síria.