“Eu escutei atentamente os muitos comentários, revisei as vantagens e os inconvenientes e decidi cancelar o acordo”, afirmou o premiê
Da redação, com Ansa

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel / Foto: Amir Cohen – Reuters
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anulou nesta terça-feira, 3, o acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) que estabelecia a regularização de imigrantes africanos no país e a transferência de parte deles para países ocidentais.
“Eu escutei atentamente os muitos comentários, revisei as vantagens e os inconvenientes e decidi cancelar o acordo”, afirmou o premier em comunicado depois de uma reunião com o ministro do Interior de Israel, Aire Deri.
A decisão ocorreu depois que Netanyahu informou a distribuição de imigrantes africanos, sendo a maioria originário do Sudão e Eritreia, para a Alemanha e até mesmo a Itália, que negou a declaração.
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“Apesar dos limites legais e das dificuldades internacionais que estão se acumulando, vamos continuar a agir com determinação para explorar todas as opções à nossa disposição para remover os infiltrados”, acrescentou.
O acordo havia sido mediado pelo Alto Comissariado das Nações Unidos para os Refugiados (Acnur) e, em troca, Israel também regularizaria a situação de mais de 20 mil deslocados externos da África Subsaariana que seriam deportados.
O projeto visava substituir a ideia inicial da deportação forçada dos imigrantes africanos a Ruanda e foi anunciado nesta terça-feira, 2. No entanto, no fim da noite, Netanyahu suspendeu temporariamente o plano até ser anulado.
As 16 mil pessoas supostamente envolvidas no acordo entraram em Israel entre 2005 e 2012 e se concentram em uma área do subúrbio de Tel Aviv conhecida como “Little Africa”.