Ângelus

Papa diz que é possível que o Reino de Deus se realize entre nós

O Papa Bento XVI rezou hoje, 23, ao meio-dia (hora local) a oração do Ângelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. Antes da oração mariana, o Santo Padre recordou que a Igreja celebra neste, que é o último domingo do Ano Litúrgico, a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo. O Papa destacou que o Reino de Cristo não é deste mundo, mas, que é possível que seu Reino se realize entre nós se "se colocarmos em prática o amor pelo próximo".

O Santo Padre assinalou que os Evangelhos nos mostram que Jesus rejeitou o título de rei porque este termo tinha um sentido político. "Cristo declarou diante de de Pilatos: 'o meu reino não é deste mundo'", recordou o Papa.

"A realeza de Cristo, de fato, é revelação e atuação de Deus Pai que governa todas as coisas com amor e com justiça. O Pai confiou ao Filho a missão de dar aos homens a vida eterna, por meio do supremo sacrifício, e o poder de julgá-los", considerou Bento XVI referindo-se ao juízo final descrito pelo evangelista Mateus.

"O Reino de Cristo não é deste mundo, mas leva à realização de todo o bem que, graças a Deus, existe no homem e na história", disse o Papa acrescentando que se colocamos em prática o amor pelo próximo, o Reino de Deus se realiza entre nós. "Se, ao invés disso, cada um pensa somente nos seus interesses, o mundo certamente vai em ruína", ressaltou.

O Papa destacou que o Reino de Deus não é uma questão de honras e de aparências, mas, como escreve São Paulo, "é justiça, paz e alegria no Espírito Santo". "No seu Reino, Deus acolhe aqueles que se esforçam todos os dias para colocar em prática a sua Palavra".

O Santo Padre concluiu confiando a realização da nossa missão cristã no mundo à intercessão de Maria. Em seguida concedeu a todos a sua Benção Apostólica.

Beatificação de 188 mártires do Japão e novo beato em Cuba

Após o Angelus o Papa, falando em italiano, recordou que amanhã, 24, na cidade de Nagasaki, será realizada a beatificação de 188 mártires, todos japoneses, homens e mulheres assassinados na primeira parte do século XVII.

Bento XVI recordou, ainda, que no próximo sábado, 29, em Cuba, será proclamado bem-aventurado o Irmão José Alallo Valdés, da Ordem Hospitaleira de São João de Deus. O Papa confiou o povo cubano, especialmente os enfermos e os agentes de saúde, à celeste proteção do novo bem-aventurado.

75 anos da grande penúria na Ucrânia e mensagem aos poloneses

Em sua saudação aos peregrinos de língua ucraniana, o Papa recordou que nestes dias se celebram os 75 anos do Holodomor, a grande penúria, que nos anos 1932-1933 causou milhões de mortes na Ucrânia e em outras regiões da União Soviética durante o regime comunista.

Ao auspiciar que nenhum ordenamento político possa jamais, em nome de uma ideologia, negar os direitos da pessoa humana e a sua liberdade e dignidade, Bento XVI assegurou as suas orações por todas as vítimas inocentes daquela desumana tragédia.
O Papa pediu a Santa Mãe de Deus que ajude as Nações a procederem nos caminhos da reconciliação e construir o presente e o futuro no respeito recíproco e na busca sincera da paz.

O Papa fez ainda uma saudação aos fiéis de língua polonesa presentes na Praça São Pedro, recordando o Programa polonês da Rádio Vaticano: "'Christus vincit, Christus regnat, Christus imperat' – Cristo vive, Cristo reina, Cristo impera. (…) O programa polonês desta Rádio celebra amanhã 70 anos de atividades. O meu agradecimento a todos os redatores pelo seu generoso trabalho".

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