O Papa Francisco chegou à ilha de Lesbos, na Grécia; o avião aterrizou no aeroporto de Mitilene, capital da ilha, às 4h05 horário de Brasília
Da redação, com Rádio Vaticano
Neste sábado, 16, o Papa Francisco chegou à ilha de Lesbos, na Grécia, para uma visita “humanitária” aos refugiados. O avião aterrizou no aeroporto de Mitilene, capital da ilha, às 10h05 horário local (4h05 horário de Brasília).
Para acolher Francisco em Lesbos estavam o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, o Patriarca de Constantinopla Bartolomeu, o Arcebispo de Atenas e de toda a Grécia Ieronymos.
“É uma viagem marcada pela tristeza. Vamos encontrar a maior catástrofe depois da Segunda Guerra Mundial. Vamos ver tanta gente que sofre e não sabe para onde ir”, disse o Pontífice aos jornalistas durante o voo.
A finalidade principal desta visita é levar conforto a tantos refugiados, como afirma Francisco. Através de um tweet, o Papa afirma: “Os refugiados não são números, são pessoas: são rostos, nomes, histórias, e como tais devem ser tratados”.
No texto, o Francisco manifesta a esperança de que o povo italiano possa enfrentar com visão e solidariedade os desafios dos dias atuais.
Esta viagem será um gestos que fala mais do que as palavras. Um braço de mar muito curto, para não tentar lançar-se ao largo à busca da salvação na Europa. O Papa, o Patriarca Bartolomeu e o Arcebispo Ieronymos, reunidos no porto da ilha, vão dirigir se às vítimas suas orações e lançarão no mar três coroas de flores.
Leia mais
.: Programação da visita do Papa à ilha grega de Lesbos
.: Notícias sobre a crise dos refugiados
A homenagem a quem não conseguiu salvar-se será o momento final da visita, que se concentrará sobretudo em quem, pelo contrário, tem ainda a esperança de encontrar uma vida. Sobre os migrantes, sejam eles refugiados, pedintes de asilo ou econômicos, porque o Papa nunca fez as distinções que pelo contráriotanto agradam à política.
Francisco irá abraça-los no centro de Moria, que ficou conhecido depois do acordo Eu-Ankara, que o transformou naquilo que as organizações humanitárias definem como lugar de detenção.
Aí encontrará os menores e em seguida uma delegação de hóspedes do centro, almoçará com alguns deles, falará com eles, assim farão também Bartolomeu e Ieronymos. Será um pequeno discurso, mas que lhes farão sentir irmãos, porque as palavras que Francisco utilizou no passado para eles, foram sempre de grande amor e de grande acolhimento.
Nesta visita não se deverá ler nenhum significado político, nenhuma polêmica com a União Europeia, que, todavia, continua a fechar e a rejeitar, mas somente a misericórdia do Papa para com essas pessoas as quais não se pode e não se deve negar o direito de procurar a salvação.
E também a sua vizinhança ao povo da ilha de Lesbos, do qual continua a chegar um grande exemplo de humanidade e generosidade. Um grande gesto, portanto, do profundo significado humanitário e ecumênico que, mesmo que indiretamente, levará as consciências a perguntar-se se ainda recordamos que, como nos disse Francisco, também Jesus foi refugiado e a Sua condição “impregnada de medo, incerteza, incômodos”.