32.ª conferência da Cruz Vermelha

ONU: Vaticano pede trabalho conjunto diante de tantas ameaças à humanidade

Conflitos armados, migrações, pobreza e ambiente foram alguns dos desafios apontados pela Santa Sé na 32.ª conferência internacional da Cruz Vermelha

Da redação, com Agência Ecclesia

O representante da Santa Sé junto das Nações Unidas em Genebra apelou ao esforço conjunto dos organismos internacionais humanitários, católicos e da sociedade civil, face às ameaças que se colocam à humanidade.

“Desarmamento, e desarmamento nuclear em particular, migrações, pobreza, conflitos armados, respeito pelos direitos humanos e pelas leis em vigor, mudanças climáticas e problemas ambientais, doenças, entre outros, são áreas que devemos trabalhar em conjunto, para assegurar um futuro melhor para as próximas gerações”, frisou Dom Silvano Tomasi.

 32.ª conferência internacional da Cruz Vermelha / Foto: Agência Ecclesia

32.ª conferência internacional da Cruz Vermelha / Foto: Agência Ecclesia

O arcebispo italiano participou em Genebra, Suíça, na 32.ª conferência internacional do Movimento Cruz Vermelha e Crescente Vermelho.

O responsável católico apontou para a necessidade de uma maior “vontade política”, acompanhada de mais “investimento econômico e disponibilização de recursos humanos”, para responder às várias frentes que estão em aberto, um pouco por todo o mundo.

Apostar na prevenção

Numa era em que os conflitos armados parecem ser “intermináveis” e os “desastres naturais”, consequência “da degradação do ambiente e das alterações climáticas, têm um “custo trágico”, é essencial apostar na “prevenção”.

E “a melhor prevenção”, salientou o representante da Santa Sé, “é através do desenvolvimento integral das pessoas, que tem de ter em conta aspectos como o progresso humano, social, econômico, educacional, emocional e espiritual”.

“A melhoria da qualidade de vida, tanto dos indivíduos como das famílias, e a promoção das liberdades e dos direitos humanos, especialmente dos mais pobres e marginalizados, podem ser decisivas para evitar novos conflitos armados ou guerras civis”, disse Dom Silvano Tomasi.

Uma aposta mais efetiva na formação e educação das pessoas pode também contribuir para que “as leis internacionais e humanitárias” deixem de ser tão “ignoradas e violadas”, complementou o arcebispo.

Agradecimento à Cruz Vermelha

A 32.ª conferência internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho coincidiu com o 50.º aniversário da proclamação dos princípios fundamentais do Movimento: “Humanidade, imparcialidade, neutralidade, independência, serviço voluntário, unidade e universalidade”.

Na sua intervenção, o delegado permanente da Santa Sé junto da ONU em Genebra enalteceu o “contributo inestimável” que aquela rede humanitária tem dado ao serviço dos mais carenciados e desfavorecidos, “especialmente em situações de crise”.

“Em nome da Santa Sé, quero reconhecer particularmente o esforço da Cruz Vermelha em resposta à epidemia de Ebola que causou tanto sofrimento na Guiné, na Libéria e na Serra Leoa”, concluiu.

Durante a conferência em Genebra, foi decidida a atribuição de um louvor a todos os voluntários que “abnegadamente” prestaram apoio às comunidades locais e às famílias vítimas do vírus.

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