O cardeal Tagle expressou o desejo de que os governos se comprometam em financiar o desenvolvimento dos países pobres
Da redação, com Rádio Vaticano
Líderes mundiais se reúnem, a partir desta segunda-feira, 13, até o próximo dia 16, em Addis Abeba, Etiópia, para a III Conferência Internacional das Nações Unidas sobre financiamentos para o desenvolvimento.
Durante a Conferência, os líderes discutirão formas de financiamento para o desenvolvimento de projetos e promoverão negociações intergovernamentais de fundamental relevo para o crescimento global.
Cardeal Antônio Luís Tagle / Foto: Arquivo
O Presidente da Caritas Internacional, cardeal Antônio Luís Tagle, expressou o desejo de que os governos se comprometam em financiar o desenvolvimento dos países pobres. Ele destacou a necessidade de encontrar “regras justas e inclusivas, para assegurar uma distribuição mais equitativa dos recursos e prevenir as atividades prejudiciais do setor privado”.
“Se a Conferência de Adis Abeba não produzir bons frutos, o processo da comunidade política internacional poderia ser prejudicado em relação aos próximos vencimentos de 2015 para acabar com a pobreza no mundo”, advertiu o cardeal.
Estarão presentes, em Addis Abeba, instituições e representantes políticos de alto nível, que deverão avaliar os progressos realizados, até hoje, em vista das metas fixadas, em 2002, pela Conferência de Monterrey.
Na ocasião, pela primeira vez foi acatada a ideia de se fazer um pacto entre os países industrializados e os países em desenvolvimento, para que sejam cumpridos, com eficácia, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e, de consequência, a Conferência de Doha, de 2008.
Os líderes mundiais buscarão identificar, em Addis Abeba, os obstáculos e as limitações encontradas, na realização dos ODM, de modo a poder planejar as ações a serem adotadas para superar os vínculos existentes.
De acordo com a Caritas, nos documentos preparatórios da Conferência, ainda prevalece um abismo entre os objetivos prefixados e as soluções propostas para serem atingidos, que consistem em dar mais espaço às grandes corporações e às imposições das regras internacionais, por parte dos países industrializados.
“Os governos dever ir para além dos egoísmos nacionais e os interesses a curto prazo. Precisamos de um acordo que respeite a dignidade e a participação de todos e que não coloque em perigo as metas do Desenvolvimento Sustentável e as mudanças climáticas”, concluiu o cardeal Tagle.
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