EMERGÊNCIA

O mundo deve 'acordar' e ajudar o Sudão, diz chefe da OMS

Após visitar um hospital infantil com crianças desnutridas, Tedros Adhanom disse que o mundo tem tomado ações insuficientes para ajudar o Sudão a superar 17 meses de guerra

Da redação, com Reuters

Crianças no Sudão sofrem com a fome e a desnutrição / Foto: Reprodução Reuters

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) das Nações Unidas, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que ficou chocado com a ação insuficiente do mundo para deter a crise no Sudão após visitar neste sábado, 7, um hospital infantil que cuida de bebês desnutridos em Porto Sudão, cidade que abriga o principal porto marítimo do Sudão.

Em uma coletiva de imprensa, Tedros pediu ao mundo para “acordar” e ajudar o país devastado pela guerra, que enfrenta múltiplas crises. Os civis no Sudão encaram uma fome cada vez pior, deslocamento em massa e doenças após 17 meses de guerra, de acordo com agências de ajuda.

Tedros Adhanom Ghebreyesus / Foto: Reprodução Reuters

Negociações

Mediadores liderados pelos Estados Unidos disseram no mês passado que tinham garantias de ambas as partes nas negociações na Suíça a fim de melhorar o acesso à ajuda humanitária, mas que a ausência do exército sudanês nas discussões tinha dificultado o progresso.

“O Sudão está sofrendo com uma tempestade perfeita de crises. Mais de 500 dias de conflito, o maior nível de deslocamento do mundo, fome em algumas partes e risco disso em outras, 25,6 milhões de pessoas, mais da metade da população do Sudão, devem enfrentar altos níveis de insegurança alimentar aguda”, disse Ghebreyesus.

O chefe da OMS disse que o povo do Sudão estava lutando contra inundações, rompimento de represas, doenças como cólera, malária, dengue, sarampo, risco de varíola, violência sexual relacionada ao conflito e um quase colapso de todo o sistema de saúde do país.

Problemas antigos

A infraestrutura do Sudão já estava em ruínas antes da guerra entre o exército sudanês e as forças paramilitares de Suporte Rápido (RSF), que teve início em abril de 2023. Ambos os lados canalizaram a maior parte de seus recursos neste conflito, deixando a infraestrutura gravemente negligenciada e um sistema de saúde em desestruturado.

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