Premiação

Nobel da Paz vai para ativistas que lutam contra violência sexual

Denis Mkwege e Nadia Murad foram condecorados com a premiação do Nobel da Paz por seus esforços contra a violência sexual

Ansa

Congolês Denis Mukwege e a iraquiana Nadia Murad foram premiados com Nobel da Paz 2018 / Foto: Montagem Reprodução Reuters

O congolês Denis Mukwege e a iraquiana Nadia Murad foram laureados nesta sexta-feira, 5, com o Nobel da Paz de 2018 “por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como uma arma de guerra e conflito armado”.

O ginecologista Mukwege, conhecido como “doutor milagre”, passou grande parte da sua carreira tratando as vítimas de violência sexual na República Democrática do Congo.

Além disso, foi um crítico do governo congolês e de outros países por não fazerem o suficiente para acabar com os abusos contra mulheres, principalmente em locais que estão enfrentando conflitos armados. Segundo a Academia do Nobel, o médico de 63 anos e sua equipe trataram cerca de 30 mil vítimas.

Murad, por sua vez, é uma mulher da minoria religiosa yazidi. Ela se tornou uma ativista dos direitos humanos após ter sido escrava sexual do Estado Islâmico (EI) no Iraque por três meses.

Descrita como uma pessoa que mostra uma “coragem incomum”, ela fugiu dos terroristas em 2014 e liderou uma campanha para impedir o tráfico de seres humanos e libertar os yazidis da perseguição.

Segundo a Academia, Murad é mais uma das milhares de mulheres que sofreram abusos sexuais no Iraque. A violência sexual é utilizada pelo grupo terrorista como uma arma de guerra.

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